Cotidiano

Professores do IFRR decidem fazer greve

Os professores do Instituto Federal da Educação Ciência e Tecnologia de Roraima (IFRR) aderiram ao movimento nacional e deflagraram greve por tempo indeterminado depois de reunião realizada na manhã de ontem com professores, diretoria do IFRR, Grêmio

Segundo informou o presidente do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), Moacir “Bodinho” Augusto de Souza, o movimento grevista em Roraima vai atingir os mais de 350 professores do instituto, incluindo os três polos educacionais de Novo Paraíso, no Município de Caracaraí, do Amajari e de Boa Vista.

Ele informou que, desde a sexta-feira, mais de 230 polos educacionais do IFRR já estavam paralisados em todo Brasil. Aqui em Roraima, o movimento definiu adesão escalonada, sendo que o polo de Boa Vista já começou a greve nesta segunda-feira, dia 5; o do Amajari, no dia 12; e o de Novo Paraíso, no dia 14. “Essa decisão foi tomada depois de percebermos que já havia atividades programadas para os outros polos. Para não prejudicar, resolvemos deixar essas adesões para estas datas”, frisou.      

Ele explicou que a data de adesão ao movimento nacional foi decidida em uma assembleia geral, realizada em 23 de fevereiro, em Brasilia (DF), e que as negociações junto ao Governo Federal se arrastam desde então e não houve nenhum avanço. “A rede de ensino superior e tecnológico do IFRR está em expansão em todo Brasil e, com isso, ocorre uma sobrecarga de mão-de-obra. E isso precisa ser revisto pelo Governo Federal”, afirmou.

REIVINDICAÇÕES – O presidente destacou alguns eixos gerais que estão sendo reivindicados pelos servidores: data-base para maio; isonomia dos benefícios de auxílio alimentação e auxílio saúde; antecipação da parcela de 2015 já em 2014, referente aos acordos da greve de 2012; 10% do PIB para a Educação Pública; não ao Projeto de Lei 4.330 sobre as terceirizações; auditoria da dívida, com a suspensão do Pagamento da Dívida Pública; Retomada dos anuênios (1% sob o vencimento básico por cada ano trabalhado); reestruturação das carreiras; democratização das Instituições Federais de Ensino; contra a precarização da Rede Federal de Ensino; expansão responsável e de qualidade; e carga horária.

DIREÇÃO – A Folha manteve contato telefônico com o diretor do IFRR, Milton José Piovesan, que está em Manaus (AM). Ele informou que o professor Genival era o representante do IFRR na reunião e que poderia para falar sobre a greve, mas ninguém atendeu as ligações.

GRÊMIO – O presidente do Grêmio Estudantil do IFRR, Felipe Cordeiro da Rocha, disse que a classe estudantil é a favor da greve, porém, se for para lutar por melhorias de trabalho.

“O Grêmio Estudantil do Instituto Federal de Roraima se posiciona favorável à greve dos servidores da rede federal de educação até o momento em que ela defenda toda a pauta regional e lute por essa pauta, como melhorias de trabalho e qualidade no ensino, por exemplo, e não somente pela reivindicação salarial”, frisou. (RR)