A Comissão dos candidatos do 2º Concurso para Delegado de Polícia Civil de Roraima pediu a criação do cadastro reserva ilimitado ao cargo. Os candidatos alegam necessidade, uma vez que o cargo é um dos mais afetados com o pouco efetivo.
Em outubro do ano passado, a Assembleia Legislativa aprovou o Projeto de Lei Complementar nº 14/2023 que aumentou o número de vagas para alguns cargos da corporação. No caso de Delegado de Polícia, o aumento foi 10 vagas. Além disso, houve a criação do cadastro reserva para os cargos disponibilizados no concurso, exceto ao de Delegado.
“A necessidade já é tão latente no cargo de delegados que houve até alteração na lei para chamar mais 10 candidatos. Eram apenas 35 vagas, passando para 45 vagas. […] É imprescindível um cadastro de reserva ilimitado para o cargo de delegado de Polícia Civil. Atualmente, a Defensoria Pública [do Estado de Roraima] está em tratativas para conhecer o motivo pelo qual não foi criado o cadastro de reserva ilimitado para o cargo de delegado de polícia”, diz o documento da Comissão.
No final de janeiro, a DPE-RR instaurou um procedimento preparatório para obter informações sobre a situação. Segundo a Comissão a ação deve auxiliar para saberem por qual motivo não foi criado o cadastro reserva.
“Sabemos que a carência é grande e que muitos delegados se aposentaram até o final do ano, podendo gerar um prejuízo irreparável a sociedade roraimense na segurança pública. […] E não é só, não aproveitar os candidatos extremante preparados é não utilizar todo o recurso público investido para a contratação da Banca, entre outros gastos que existem em torno do certame”, justifica, por fim, a Comissão.
A situação também contaria com apoio dos deputados estaduais Lucas Souza (PL) e Rarison Babosa (PMB), assim como deputado federal Nicoletti (União Brasil).