AFONSO RODRIGUES

Continuamos títeres

Afonso Rodrigues de Oliveira

“Hoje não se admite que alguém viva sob domínio escravizador, de qualquer dogma ou ideia imposta”. (Waldo Vieira)

Na verdade, não admitimos, mas continuamos no cabresto. Ainda não somos capazes para pensar. Ainda continuamos seguindo o que nos dizem para pensar. Continuamos títeres de exploradores mentais. E enquanto continuarmos assim, iremos viver o crescimento do desmando social, cívico e moral. Passamos nossos dias ouvindo notícias assustadoras sobre crimes análogos aos dos grandes lutadores da idade da pedra. As barbaridades nas ruas, nos lares e onde quer que estejamos, nos levam à idade dos chimpanzés. E os caminhos que procuramos, nem sempre nos tiram da rota do desastre.

Vamos pensar como seres humanos em evolução racional. Vamos valorizar o poder e a força que temos em nossas mentes. A racionalidade não nos diz o que devemos fazer, mas o que devemos ser. E se somos de origem racional devemos ser racionais. Por que temos que viver nossas vidas como os outros dizem que devemos viver? Sempre que estiver na encruzilhada, pare, reflita, e busque a solução na sua mente. Mas para seguirmos a direção indicada pela mente, precisamos estar preparados ou preparadas para conversar com ela. Só conseguiremos isso quando estivermos educados com precisão, e não com orientação dos por vezes desorientados.

Cuidado com a educação que você está passando para seu filho. Tenha muito cuidado para orientá-lo, mas com cuidado para não estar dirigindo-o para onde você quer que ele vá ou seja. Eu ainda era criança quando li essa matéria na capa do meu caderno, na escola; “A educação é como a plaina: aperfeiçoa a obra, mas não melhora a madeira”. O bem e o mal estão onde estamos. E o que vemos nas barbáries de todos os tempos, é que a educação nem sempre faz do ser humano um ser racional. Mas não devemos por isso, deixar de educar, para que a educação possa manter o ser humano protegido dos males acumulados na sua mente.

E por favor, não interprete meu papo como uma orientação religiosa. Estou apenas alertando para o perigo de sermos o que os outros querem que sejamos. E por isso devemos ser orientados, para orientar em vez de dirigir. Deixe que seu filho escola o rumo do barco da sua vida. Mas devemos, na educação, orientá-lo para o farol do Cabo “Sivirino”. Porque nem sempre o Comandante está com a razão. Por isso devemos nos educar para podermos educar. E tudo que você deseja de bom, está na sua mente. Use-o através do seu subconsciente. Ele tem todo o poder para fazer você fazer o que você pretende fazer. E por isso mantenha-se aliado ou aliada a ele. Pense nisso.

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