AFONSO RODRIGUES

Milhões de seguidores

Milhões de seguidores

Afonso Rodrigues de Oliveira

“Milhões de pessoas ainda compõem a massa humana impensante: escravas das opiniões dos outros, não pensam por si mesmas”. (Waldo Vieira)

E como vivemos, o tempo todo, iludidos com o avanço da tecnologia, não percebemos o atraso em que ainda vivemos no desenvolvimento racional. Ainda preferimos seguir a vida, orientados pelos outros. E por isso ficamos sempre atrás, na caminhada da evolução. Vamos ser mais atentos com o caminhar da carruagem. Ainda estamos num grau de evolução, muito baixo. Continuamos pensando como pensavam os da idade da pedra. E não pense que estou exagerando. Preste mais atenção nas discussões vibrantes na política. Ainda não entendemos que política não se discute, se faz. Lady Churchill já disse em resposta à pergunta de um desenformado. Ele perguntou se ela tinha os mesmos pensamentos do seu marido Winston Churchill. Ela respondeu: “Meu senhor, se nós pensássemos exatamente do mesmo modo, um de nós seria desnecessário”.

Se todos os políticos tivessem os mesmos pensamentos, não teríamos que votar. E são os pensamentos que levam às atitudes. Se fôssemos mais esclarecidos na política não perderíamos tempo com discussões que vão além das briguinhas comadrescas, a que assistimos todos os dias e a todas as horas. Vamos pôr em nossas cabeças, que somos nós os responsáveis pela política que ainda temos. E que não melhorará enquanto não melhorarmos e lutarmos para sermos realmente cidadãos. E só conseguiremos isso quando abrirmos os olhos e enxergarmos o atraso em que ainda nos encontramos, títeres de faladores.

Mas, só seremos verdadeiramente cidadãos quando nos educarmos o suficiente para entender que não há democracia com obrigatoriedade no voto. Enquanto formos obrigados a votar não teremos voto livre. Simples pra dedéu. Tão simples que o eleitor despreparado não percebe. Mas, vamos pôr na cabeça que só mereceremos o voto facultativo quando estivermos preparados para ele. E não estamos. Ainda não percebemos que não se faz política com falatório nem aberrações. Então vamos fazer nossa parte educando-nos politicamente. Mesmo porque só assim seremos respeitados, o que ainda não somos. E nada de briguinhas, porque elas não fazem parte da política. São apenas um instrumento forte para os que se dizem políticos e que por isso continuam, e continuarão dizendo o que devemos fazer e dizer sobre eles. E nós continuaremos sendo visto pelos olhos do George Burns: “Pena que todas as pessoas que sabem governar o país estejam ocupadas a dirigir taxis ou cortar cabelos”. Tudo bem. Vamos refrescar a cabeça e pensar como cidadão. Pense nisso.

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