A Delegacia Geral de Homicídio (DGH) divulgou ontem a conclusão das investigações relacionadas à morte do empresário Marcos Antônio Fernandes Barros, de 44 anos, conhecido como “Marcos das Baterias”, ocorrida na madrugada de 14 de março de 2012. Ele foi morto com um tiro na cabeça dentro de sua residência, no bairro Centenário, zona Oeste. Quatro pessoas foram indiciadas pelo crime, dentre elas a ex-esposa da vítima, acusada de ser a mandante.
Conforme informações do delegado titular da DGH, Juraci Rocha, um irmão da ex-mulher junto com mais duas pessoas intermediaram para contratar Helry Cruz de Araújo (condenado da Justiça já falecido) para executar o crime por uma quantia não divulgada pelo delegado. Os quatro acusados foram indiciados por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e em virtude da impossibilidade de defesa da vítima.
Para o delegado Juraci Rocha, não há dúvidas de que os quatro acusados tenham se associado a uma quinta pessoa para matar o empresário. Destacou também que três dos acusados irão responder ao inquérito em liberdade, uma vez que não há elementos para pedir suas prisões preventivas.
Um dos envolvidos no crime, segundo Juraci Rocha, já tem antecedentes criminais e outras providências estão sendo adotadas em relação a ele. “Embora tenhamos nos subsidiado de muitas provas ao longo das investigações, o que nos possibilitou chegar à autoria do crime, não podemos fornecer maiores informações porque o processo tramita em segredo de justiça. As investigações na DGH se encerram com o crime totalmente esclarecido e o procedimento está sendo encaminhado para o Ministério Público”, informou.
O CASO – Conforme o delegado, no dia anterior ao crime, o empresário Marcos Barros discutiu com o ex-cunhado e demitiu-o. “Na manhã do dia 14 de março, os funcionários estranharam quando Marcos não apareceu para abrir a loja e foram procurá-lo em sua residência. Pelo muro, eles viram que o carro da vítima estava na garagem e decidiram entrar na residência pulando o muro. Eles perceberam que a porta estava apenas encostada e entraram, localizando o corpo de Marcos em cima da cama”, relatou o delegado.
Rocha destacou que, desde o início das investigações, a equipe da DGH tinha como suspeitos os familiares de Marcos. “Aparentemente, as pessoas que haviam cometido o crime conheciam a rotina da vítima e tinham a cópia da chave da casa, uma vez que não foram encontrados indícios de arrombamento, inclusive levando alguns objetos valiosos, dentre eles relógios, simulando desta forma um crime de latrocínio”, observou.
O empresário, Marcos Antônio Fernandes Barros, era representante de uma marca de bateria em Roraima e, há anos, tinha o ex-cunhado como funcionário e pessoa de sua confiança. A ex-mulher, segundo o delegado, possui uma loja de autoelétrica ao lado da empresa dele. Os dois estavam separados há dois anos e as investigações apontam que a mulher não se conformava com o que recebeu na partilha dos bens. (Fonte: Secom/RR)
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