Com Roraima declarada livre da febre aftosa sem vacinação, por meio da Portaria 665, a nova meta do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) tem como meta fornecer vacinas e tecnologias para a Venezuela e Guiana, a fim de prevenir eventuais focos de febre aftosa. A informação foi divulgada pelo superintendente do órgão, Hilton Xavier.
O profissional explicou que a portaria, publicada no Diário Oficial da União dessa segunda-feira (25), passa a valer apenas no dia 2 de maio. Até lá, ele afirmou que o estado vai continuar as ações de vacinação nos rebanhos até o fim da campanha, em 30 de abril.
“Um estado livre de febre aftosa garante o crescimento esperado dos bovinos e que o produtor tenha a lucratividade planejada. Além disso, é um benefício no mercado internacional de carne bovina, que exige produtos de qualidade elevada”, disse.
Segundo ele, Roraima é a porta de entrada e saída de mercadorias que passam pelos dois países com os quais faz fronteira. Por essa razão, o órgão vai buscar medidas para manter o status de livre da doença. “Vamos disponibilizar o que for possível, inclusive funcionários para que a febre aftosa seja erradicada na América do Sul”, completou.
O superintendente também enfatizou a importância da colaboração da população para que o vírus não retorne. Para isso, conforme Hilton, recomenda que as pessoas não tragam produtos de origem animal oriundos de um estado em que a doença ainda não foi combatida.
“O último foco da doença em Roraima foi em 1996, são quase 30 anos trabalhando para receber esse status de livre da febre aftosa. O investimento nas campanhas ultrapassaram R$200 milhões, então seria muito prejudicial se, depois de todo esse trabalho, o vírus retornasse”, finalizou.