O secretário estadual de Fazenda, Leocádio Vasconcelos, afirmou que o Governo do Estado realizou o pagamento dos servidores públicos efetivos nesta terça-feira e que dos comissionados estará na conta na sexta-feira, dia 13, junto com os salários de todos os servidores das secretarias que ficaram de fora deste primeiro pagamento: Polícia Civil, Procuradoria Geral do Estado, Secretarias de Infraestrutura, Administração e Agricultura.
Serão injetados na economia local, mais de R$ 54 milhões com este primeiro pagamento. A coletiva para o anuncio foi realizada na tarde desta terça-feira, dia 10, quando deveria ter saído o pagamento de todos os servidores do Estado.
Questionado sobre os bloqueios judiciais que as contas do Estado teriam sofrido por parte da Receita Federal, em função da interrupção no repasse ao Pasep (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público) da União, o secretário afirmou que não houve bloqueio.
“Não aconteceu bloqueio. Ele teria ocorrido se não tivéssemos pago uma parcela do Pasep na sexta-feira, dia 6, que estava vencida. Não ocorreu, tanto é que estamos pagando a Folha hoje”, reiterou o titular da pasta.
Vasconcelos disse ainda que os estados foram surpreendidos hoje, dia 10, com uma redução drástica de 45% no repasse do FPE (Fundo de Participação dos Estados). “Um prejuízo gigante ao povo de Roraima. O estado sofre, ainda mais porque somente hoje foram pagos R$ 9,5 milhões de reais de dívidas de empréstimos contraídos pela gestão anterior e que é descontado direto do FPE”, justificou.
PLANEJAMENTO – E para que a situação econômica caminhe para uma fase de equilíbrio e que atrasos nos pagamentos do funcionalismo público não ocorram, Leocádio Vasconcelos adiantou que está prevista para amanhã, dia 11, uma reunião com a governadora Suely Campos (PP).
“Temos que nos planejar diariamente, realizamos uma reunião com a governadora hoje, 10, e mostramos nossa preocupação com a situação econômica do Estado. Ela está plenamente consciente disso. Temos um comitê de gestão e amanhã, 11, já teremos uma nova reunião com eles. Vamos trabalhar com a realidade de redução do FPE nos próximos três meses, para que possamos nos adequar a receita”, afirmou, ao justificar que os meses de junho, julho e agosto, são períodos de menor arrecadação federal, o que reflete no repasse dos recursos aos Estados.
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