Está acontecendo ao longo da manhã de hoje, 13, uma ação de intensificação da contratação de pessoas com deficiência ou reabilitados do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), no Sistema Nacional de Empregos em Roraima (Sine-RR), na Secretaria do Trabalho e Bem-Estar Social (Setrabes), localizada na avenida Mário Homem de Melo, 2310, Mecejana.
A ação ocorre das 7h30 às 13h30 e tem o objetivo de incentivar empresas com mais de 100 funcionários a contratar funcionários com deficiência ou debilitados, conforme determina a legislação brasileira. Em relação à documentação, será necessário levar apenas a carteira de trabalho e um laudo que comprove a deficiência ou reabilitação do INSS. Caso o documento de comprovação não seja apresentado, será possível requerer uma análise por parte de médico da área trabalhista.
Pelo menos 25 vagas serão ofertadas. Entretanto, de acordo com a chefe de divisão do Sine, Angélica Neville, mais vagas poderão ser apresentadas ao longo da ação. “Estamos falando junto a empresas que não estão cumprindo o que diz na lei em relação à contratação obrigatória. Como ainda há algumas que ficaram de prestar um retorno no dia, então é possível a abertura de mais vagas, até porque iremos atrás delas”, afirmou.
Angélica também explicou que as vagas ofertadas variam desde assistente administrativo até empacotador. “As empresas com mais vagas são de supermercados e empresas de limpeza. Entretanto, também estamos ofertando parte administrativa em concessionária. Além disso, há almoxarife, empacotador, repositor, construção civil. As vagas oferecidas são bem abrangentes”, comentou.
A auditora-fiscal do trabalho e uma das organizadoras da ação, Thais Castilho, contou que a intensificação possui um valor muito grande, uma vez que a maior parte dos deficientes e reabilitados do INSS que está no mercado de trabalho ainda depende da lei que obriga a contratação. Durante todo o ano de 2016, 510 pessoas foram contratadas por força da lei em Roraima. Em 2017, esse número subiu para 547.
“93% de todas as pessoas com deficiência ou debilitadas só estão contratadas por causa dessa lei. Isso é um triste, pois é um cenário que mostra que ainda precisamos nos apoiar em uma obrigatoriedade, que foi criada há quase 30 anos, e fiscalização, para a inclusão social dessas pessoas”, reforçou Thais.
Para que haja a mudança desse cenário, Thais relatou que é preciso pensar que a visão que a sociedade possui em relação à incapacidade de deficientes, em um cenário de competitividade no mercado de trabalho, é implantada desde a infância. “Isso é uma questão social no Brasil. Algo que, de certa forma, surge da própria forma em que somos educados, nas escolas. A inclusão social deve começar de lá, mostrando que alunos com deficiência possuem condições igualitárias de competitividade. Isso, no mercado de trabalho, será fundamental”, concluiu. (P.B)