Cotidiano

Gerente avalia conquistas do Basa ao longo de 76 anos de criação

Nos últimos cinco anos, o Basa financiou cerca de R$ 276 milhões em negócios da economia local

Executar os mais diversos projetos e iniciativas para o desenvolvimento dos estados da região Norte tem sido a principal característica do Banco da Amazônia (Basa), instituição financeira que recentemente completou 76 anos de criação.

Em entrevista ao jornal 1020 Notícias, da Rádio Folha AM, o gerente do órgão em Roraima, Liércio Soares, destacou os principais avanços do banco ao longo de sua história. Essa questão foi, inclusive, o tema do relatório de sustentabilidade apresentado no início dessa semana, durante a festa de comemoração que ocorreu no estado do Pará.

“O relatório é publicado anualmente pelo Basa desde 2014. Ele é simplesmente um instrumento de transparência que o banco faz para se autoconhecer e também para prestar contas para com os acionistas, funcionários, clientes e sociedade em geral. Foi uma forma que encontramos para nos conhecermos e de atender as resoluções do Conselho Monetário Nacional (CMN), que instituiu por meio de uma portaria a realização de boas práticas bancárias, no sentido de dar governança corporativa e transparência na gestão dos recursos que são, na sua grande maioria, públicos”, explicou.

Conforme o gerente, o banco tem se consolidado nos últimos cinco anos como uma das grandes instituições financeiras de fomento econômico dos estados da região norte, com base sólida na questão sustentável.

Essa visão de negócios conferiu importantes conquistas, como o selo de Governança IG-SEST, do Ministério do Planejamento. Atualmente, o Basa está entre as 40 empresas estatais mais bem avaliadas do país, além de ser considerada a terceira melhor empresa do segmento bancário, em se tratando de práticas corporativas.

“Apesar de o banco ter esse viés rural, o Basa também vem atendendo nos últimos anos os setores da indústria e comércio. Só para você ter uma ideia, nos últimos cinco anos, o Basa conseguiu aplicar R$ 276 milhões na economia local e no ano passado foram investidos 3,3 bilhões na região Norte, o que é um dado muito significativo”, frisou.

Liércio Soares destacou ainda que o banco já está implementando medidas para facilitar o acesso ao crédito bancário de forma bem menos centralizada, por meio das Centrais de Análise. Uma delas, segundo ele, já foi inaugurada experimentalmente no estado do Acre, e outras duas devem ser entregues em setembro, uma no Tocantins e outra em Rondônia, sendo que esta última deverá atender aos estados do Amazonas e Roraima.

 “São centrais imparciais, onde elas já receberam uma numeração para atender a núcleos específicos da região, o que vai dar mais celeridade na análise do crédito, independente de qual estado pertença. O objetivo disso é tentar trazer um aspecto mais moderno na análise que hoje ainda está muito arcaico, precisando de uma revisão nesse sentido”, complementou.

Sobre a inadimplente, o gerente geral do Basa em Roraima disse que a recuperação de crédito tem ajudado a instituição na retomada de ativos, já que ela oferece ao cliente a possibilidade de quitação da dívida com três anos de carência e mais 10 anos de prazo parcelados.

“Na região Norte, o Basa conseguiu recuperar cerca de R$ 250 milhões em pouco mais de 33 mil operações, tudo graças a Lei 13.340, de 2016, que permite conceder algum tipo de abate e parcelamentos de dívidas. Se o produtor tiver mais um pouco de saldo em conta, ele pode fazer a liquidação total da dívida, com descontos que iniciam em 15% e vão até 80% do valor da dívida recalculada. É uma oportunidade importante para ele volta ao mercado financeiro”, concluiu.