SAÚDE

Aparelhos auditivos podem auxiliar desde surdez à tratamento de sequelas da Covid-19

Os dispositivos auditivos podem ser usados em qualquer idade e servem para devolver qualidade de vida ao paciente

A fonoaudióloga Mariana Duarte ressaltou a necessidade de buscar acompanhamento médico para o diagnóstico da perda auditiva (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)
A fonoaudióloga Mariana Duarte ressaltou a necessidade de buscar acompanhamento médico para o diagnóstico da perda auditiva (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

A saúde auditiva tem sido um tema que preocupa os especialista cada vez mais. Conforme o estudo realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada quatro pessoas terão algum grau de perda auditiva até 2050.

Segundo a fonoaudióloga Mariana Duarte, as causas das perdas auditivas podem variar desde à surdez genética, traumas acústicos, infecções súbitas, ao surgimento de zumbidos no ouvido após o diagnóstico de Covid-19, o que a profissional afirma ser uma queixa recorrente. De qualquer forma, ela pontua que uma das soluções mais eficazes para esses casos é o uso de aparelhos auditivos.

“Os aparelhos auditivos atuais têm uma tecnologia muito grande, são mais discretos e confortáveis que os antigos. Alguns são recarregáveis, podem se conectar à internet e ao celular, o que permite que o paciente escute música e áudios ou atenda ligações. No caso de pessoas que escutam zumbidos, o dispositivo tem um gerador de som e vai mascarar esse barulho”, disse.

Mariana ressaltou a necessidade de realizar uma consulta com um otorrinolaringologista e fazer exames específicos, como a audiometria, que avalia a capacidade do paciente de ouvir sons. Após esse processo, o paciente pode buscar um profissional especializado em aparelhos auditivos para adquirir o modelo que se encaixa na necessidade dele.

“Depois da avaliação dos exames, é feita uma análise da rotina e das queixas do paciente para oferecer o aparelho ideal para a situação dele. O uso do dispositivo funciona como uma fisioterapia para o ouvido, por isso é tão importante”, explicou.

Os aparelhos auditivos atuais apresentam funções modernas, como conexão ao celular (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

Adaptação

O processo de adaptação ao aparelho auditivo pode variar para cada pessoa. Por isso, a fonoaudióloga enfatiza a importância do acompanhamento e manutenção junto aos profissionais capacitados. No caso de crianças e idosos, a atenção deve ser maior para identificar como se sentem em relação ao dispositivo.

“Para crianças, existe uma linha pediátrica. São aparelhos mais resistentes, que não são prejudicados caso caiam durante as brincadeiras. Também existem acessórios para segurar o aparelho e funções para que os pais vejam que o aparelho está ligado. Alguns idosos têm a curiosidade de mexer nos aparelhos e acabam desconfigurando, então é possível ativar uma função para que só o profissional possa alterar as configurações”, comentou.

Mariana Duarte esclareceu que o aparelho auditivo pode ser usado em qualquer idade e que serve para devolver qualidade de vida ao paciente, amenizando os problemas causados pela perda auditiva.