Os casos de hepatites virais são ser alerta, principalmente por ser a segunda principal causa infecciosa de morte no planeta, conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS). Dados da Secretaria Estadual de Saúde de Roraima indicam que, de 2019 a 2023, a média por ano é de 10 mortes por hepatite.
A hepatite viral crônica é a principal causa de mortes da doença no estado. Nos anos de 2019, 2020 e 2022, foram mais de 6 registros de óbito. No total, em cinco anos, foram 28 mortes pela doença, que é um agravo da hepatite B.
De casos, no mesmo período, Roraima registra 925 casos da doença infecciosa, sendo 564 do vírus B, 237 do vírus C e 67 do vírus A. O infectologista e presidente do Conselho Regional de Medicina de Roraima (CRM-RR), Domingos Sávio Matos, explica que a transmissão acontece no contato com sangue ou fluídos corporais de uma pessoa infectada.
“Isso pode acontecer através de relações sexuais desprotegidas, compartilhamento de agulhas contaminadas, transfusão de sangue não testado, ou de mãe para filho durante o parto”, informou Matos.
Sintomas e diagnóstico
A hepatite é uma infecção que atinge o fígado, causando alterações leves, moderadas ou graves. Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, as hepatites virais mais comuns são causadas pelos vírus A, B e C. Existindo ainda, com menor frequência, o vírus da hepatite D e o vírus da hepatite E, que é menos frequente no país.
As infecções causadas pelos vírus das hepatites B ou C frequentemente se tornam crônicas. Contudo, por nem sempre apresentarem sintomas, grande parte das pessoas desconhecem ter a infecção. Isso faz com que a doença possa evoluir por décadas sem o devido diagnóstico
destaca o MS em cartilha sobre a doença.
Apesar da grande maioria não apresentar sintoma, Domingos Sávio orienta que, ao sentir fadiga, perda de apetite, dor abdominal, náuseas, vômitos, febre, urina escura e icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos), deve-se buscar um médico.
“É crucial buscar ajuda médica o mais rápido possível para evitar complicações. O diagnóstico da hepatite é feito através de exames de sangue que detectam a presença do vírus e avaliam a função hepática. O tratamento pode envolver medicamentos antivirais e acompanhamento médico regular para monitorar a saúde do fígado”, afirma o infectologista.
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Prevenção
Conforme Domingos Sávio de Matos, “para evitar a hepatite B, é importante praticar sexo seguro, não compartilhar agulhas ou objetos cortante”.
A vacinação é uma forma eficaz de prevenção contra a hepatite B e C. A imunização está disponível em unidades básicas de saúde para todas as pessoas, independentemente da idade.