Candidatos que realizaram a prova objetiva do Concurso Público de Mucajaí neste domingo, 14, denunciaram à FolhaBV erros ortográficos, de impressão e questões anuladas pela banca do Concurso. Segundo os denunciantes, a prova não possuía a quantidade de questões previstas no edital.
O Concurso Público do município irá preencher vagas em aberto para a Prefeitura de Mucajaí nos cargos de Fiscal Ambiental, com duas vagas, Analista Ambiental, também com duas, e para a Guarda Civil Municipal (GCM), com dez vagas em aberto. Todos os cargos possuem cadastro de reserva.
A cadidata para um dos cargos de Guarda Civil, Késsia Alves, relata que os erros foram apontados durante a aplicação da prova, mas os aplicadores não tomaram nenhuma medida.
“O edital previa 15 questões de português, mas na prova só haviam dez questões. A banca foi avisada e a resposta que deram é que iriam anular outras cinco questões de atualidades, isso vai prejudicar quem foi bem nessa especialidade. Uma pessoa reclamou que a prova dela estava errada e foi desclassificada no certame”, relatou Késsia.
Candidatos pedem anulação do certame
Revoltados com os erros, os candidatos pedem anulação do certame. Em um perfil para denúncias de concursos públicos nas redes sociais, outros relatos de pessoas que também fizeram a prova chocam os internautas. Em um deles, uma mulher, que não quis ser identificada, conta que informou os erros mas foi expulsa da sala.
“Eles me expulsaram da sala por ter chamado a fiscal para pedir que registrassem em ata a falha nas impressões do cartão resposta. Disseram que esse tipo de coisa não é registrado em Ata, que ela não servia para isso”, relatou a denunciante.
O que diz a Prefeitura e a banca
Questionada, a Prefeita de Mucajaí, Eronildes Gonçalves (PL), deu o seguinte posicionamento. “Tem uma equipe da Banca que foi selecionada para acompanhar tudo e também o jurídico. Os que se sentirem prejudicados, que procurem os meios legais”, respondeu a prefeita à FolhaBV.
A banca selecionada para realizar o concurso foi a NTCS Consultoria e Seleções, a reportagem entrou em contato para esclarecimento do ocorrido. Em resposta, a banca informou que a candidata causou tumulto na aplicação da prova, por isso repudia a atitude e que tomará medidas legais.
Sobre os erros nas provas, a NTCS negou o caso e, “caso haja a conformação do erro de digitação”, os candidatos podem apresentar recurso contra a questão. Leia a resposta na íntegra.
A candidata em questão foi eliminada do certame por causar tumultos, desrespeitando a coordenação (local da escola), e oferecer ameaça a fiscal da sala. Havendo três interrupções do processo ao longo do certame, conforme relatos em ata. Segundo a própria candidata atendida, estava visualmente descontrolada, que segundo os seus relatos “por motivos de seu ciclo menstrual”.
Entretanto, não podemos permitir que um candidato atrapalhe a condução dos trabalhos de todos os demais nas salas dos locais de provas, e neste caso, causando a sua própria eliminação.
Ainda conforme Edital 001 do Concurso Público:
6.2. Será automaticamente eliminado do Concurso Público, o candidato que durante a realização das etapas:
6.2.1. For descortês com qualquer membro da equipe encarregada pela realização das etapas;
6.2.7. Perturbar, de qualquer modo, a ordem dos trabalhos;
– Não houve erros de impressão, a marcação azul listada por candidatos nas redes sociais foi marcada na prova por mesma no momento em que foi colhida a marcação da digital no cartão resposta;
– Erros Ortográficos, acentuação e pontuação passam por um crivo de profissionais, em caso de confirmação, caso haja a conformação do erro de digitação, os candidatos apresentam “Recurso Administrativo” contra a questão e esta poderá ser anulada ou não;
– Todas as provas apresentavam o quantitativo de 50 (cinquenta), questões exigidas no Edital.
Nenhum candidato foi ou será prejudicado, compreendemos que as etapas de um concurso público que é um instrumento público é regido pelos princípios da isonomia, impessoalidade, moralidade e eficiência, sendo a forma mais democrática de ingresso no serviço público, e, por conseguinte, deve ser livre de qualquer tipo de influência, incluindo pressões descabidas.
A NTCS repudia a atitude da candidata Késsia Alves e informa que todas as medidas legais serão tomadas.
