Nesta sexta-feira, 19 de abril, é celebrado o Dia dos Povos Indígenas. A data é um momento de refletir sobre as causas dessa parte da população brasileira, revisitar um passado de lutas e celebrar as conquistas das últimas décadas. A Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) está comprometida com as pautas das sociedades indígenas e tem uma comissão permanente que trata de assuntos pertinentes a elas.
No fim de 2023, o deputado Armando Neto (PL) conseguiu aprovar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que assegura aos povos indígenas o direito de utilizar as línguas maternas no processo de integração social, além da língua portuguesa. O parlamentar também mudou na Carta Estadual a expressão “Dos Indígenas” para “Dos Povos Indígenas”. Situação semelhante ocorreu com a mudança no nome da Secretaria de Estado do Índio para Secretaria de Estado dos Povos Indígenas. O objetivo é reforçar a pluralidade cultural das comunidades.
Outras leis aprovadas no âmbito da Assembleia Legislativa:
Lei nº 1.877/2023 – criou a Semana da Mulher Indígena no âmbito do Estado de Roraima, realizada anualmente no período de 30 de agosto a 5 de setembro – de autoria do deputado Dr. Meton (MDB);
Lei nº 1.860/2023 – concede isenção às indígenas em suas comunidades quando precisarem emitir a segunda via do RG – de autoria do deputado Marcos Jorge (Republicanos);
Lei nº 1.848/2023 – criou o Plano Estadual de Desenvolvimento Florestal para Agricultura Familiar e Agricultura Familiar Indígena, com o objetivo de estimular as produções nas comunidades indígenas de maneira sustentável.
O deputado Dr. Meton, que apresentou o projeto que originou a lei que cria a Semana da Mulher Indígena, também preside a Comissão de Políticas Indigenistas. Ele afirmou reconhecer a importância do Dia dos Povos Indígenas como um momento de reflexão e celebração da rica diversidade cultural e ancestralidade dos povos originários. Para ele, é crucial estarmos comprometidos em discutir e promover pautas que garantam o respeito aos direitos territoriais, culturais e sociais.
“Vamos seguir em frente com determinação e empatia, trabalhando em conjunto para garantir que as vozes e os direitos dos povos indígenas sejam respeitados e valorizados em todas as instâncias”, enfatiza.
Carreira de professor indígena
Em 2013, a Assembleia Legislativa aprovou a Lei nº 892/2013, que criou o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) dos servidores da Educação Básica de Roraima. À época, após uma luta encabeçada pela classe indígena e por deputados da Casa, houve a criação da carreira do professor indígena, levando em consideração o contexto sociocultural da profissão e as peculiaridades do ensino-aprendizagem nos territórios.