O comandante-geral da Polícia Militar (PM), coronel Miramilton Goiano de Souza, comentou nesta sexta-feira (19) sobre as últimas denúncias que apontam excessos de policiais militares em ocorrências em Roraima.
Souza afirmou que em casos de denúncias da população sobre a conduta de policiais militares, “é fundamental garantir os direitos humanos de todas as partes envolvidas”, como assegurar o direito à ampla defesa e ao contraditório” para quem fez a queixa e o policial militar acusado. “É importante que o processo de investigação seja justo e transparente, respeitando os princípios legais e os direitos individuais de cada pessoa envolvida”.
O comandante destacou o trabalho de prestígio da PM do Estado e ressaltou que, para qualquer reclamação sobre a conduta de policiais, o canal adequado é a Corregedoria e/ou Ouvidoria da instituição. “Ambas atuarão de forma isonômica e transparente, garantindo a imparcialidade e a adequada apuração dos fatos, reforçando assim a confiança da população na instituição policial”, ressaltou.
Conforme o coronel, durante o processo de apuração, “é crucial proteger a imagem e os nomes tanto dos policiais quanto das vítimas envolvidas”, atitude “fundamental para garantir a privacidade e a integridade de todas as partes até que as investigações sejam concluídas e os fatos devidamente esclarecidos”. Segundo ele, a medida visa evitar pré-julgamentos e preservar a dignidade das pessoas envolvidas no caso.
Contexto
Nesta semana, por exemplo, três agentes foram alvos da Operação Janus, da Polícia Civil de Roraima, que investiga a existência de uma milícia e um grupo de extermínio formado por policiais militares no Estado. A apuração narra que eles entraram em uma residência do bairro São Bento, em dezembro, e executaram um integrante de facção criminosa.
Em outro caso distinto, um empresário denunciou que teria sido agredido por uma guarnição da PM após ter reagido a um assalto, enquanto policiais que atenderam a ocorrência contestaram essa versão.