PARALISAÇÃO NACIONAL

Greve da UFRR passa a valer a partir de hoje (22)

Professores reivindicam recomposição orçamentária das instituições de ensino superior, recomposição salarial e reestruturação da carreira

Cartaz de greve na UFRR (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)
Cartaz de greve na UFRR (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

A partir desta segunda-feira (22) inicia a greve dos professores da Universidade Federal de Roraima (UFRR). O ato foi confirmado na última semana, após Assembleia Geral da Seção Sindical dos Docentes da UFRR (Sesduf-RR), e acompanha a mobilização nacional de outras instituições públicas.

Conforme o presidente do sindicato e professor do curso de Geografia, Antônio Carlos Araújo, apesar da paralisação das aulas por tempo indeterminado, serão realizados atos para movimentar o corpo docente a respeito da greve. Alguns exemplos são a panfletagem nas entradas da UFRR e reuniões para enfatizar as motivações do movimento grevista.

Antonio Carlos Araújo, presidente da Sesduf-RR (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

O professor reforça as reivindicações de recomposição orçamentária das instituições de ensino superior, recomposição salarial e reestruturação da carreira. No caso dos docentes no estado, a principal motivação é a melhoria no orçamento que não atenderá aos custos da UFRR até o final de 2024.

“A intensificação do movimento, nesse momento, é importante para que a pressão sobre o Governo Federal continue e ele apresente propostas viáveis que a gente possa concordar. Agora, a adesão à greve está em torno de 23 estados, 50 universidades federais e 485 institutos federais. A educação se uniu para clamar que o Governo nos valorize enquanto servidores públicos”, disse.

Antônio Carlos ressaltou que a Reitoria da UFRR se colocou à disposição para diálogo com o sindicato. Ele ainda pontuou que o Governo Federal tem sentido a pressão da greve nacional e adiantado reuniões para negociações.

“Eu tinha a esperança de que a gente tivesse esgotado essa conversa antes da paralisação começar, mas a atuação do Governo Federal tem sido decepcionante. Estamos aqui por força da necessidade. Na medida que uma proposta viável seja posta na mesa, as partes entrarão em acordo e a gente finaliza essa greve”, comentou.

Adriano Medeiros é professor da UFRR (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

Segundo Adriano Medeiros, professor de Filosofia no curso de Artes Visuais, enfatizou necessidade dos servidores unirem forças para pressonar o Governo Federal, para que ele atenda às reivindicações da classe. “A gente espera que essa greve acabe o mais rápido possível, não queremos que dure meses, como já aconteceu. Quanto mais gente se unir, mais rápido o Governo vai ceder”, afirmou.