Polícia

Polícia Cívil indicia sete acusados pela morte de comerciante em 2014

A Polícia Civil elucidou o caso de latrocínio ocorrido na noite do dia 02 de março de 2014, na residência do comerciante Uigui Soares Gomes, 28 anos, no bairro Senador Hélio Campos, zona Oeste. Foram indiciadas sete pessoas pelo crime. Angelino Gomes Ribeiro da Silva, vulgo “Anjo” ou “Cabeção”, foi que efetuou um disparo de revólver na cabeça da vítima, conforme a polícia. Ele é foragido do sistema prisional.
Na época, familiares do comerciante tinham ido esperá-lo na esquina de uma rua próxima da residência dele para que fossem a uma festa de Carnaval, quando foram abordados por Felliph Honorato Carneiro, de 19 anos, Dailton de Souza Pereira, 19 anos, o “Puré”, e Angelino Ribeiro Gomes Barbosa, 29, vulgo “Anjo” ou “Cabeça”. Os três infratores renderam as vítimas e os levaram para a residência do comerciante.
Dentro da casa, os acusados exigiram dinheiro dos familiares de Uigui. Eles estavam armados com dois revólveres e levaram as vítimas para cômodos diferentes do imóvel. Iniciaram uma sessão de tortura para que os familiares informassem onde estaria o cofre da família com dinheiro, alegando eles sabiam da existência do cofre no local.
Segundo o titular da Delegacia-Geral de Homicídios, delegado Juracy Rocha, a vítima era filho do dono de uma loja de móveis no bairro Senador Hélio Campos, que ficava na frente da residência da família. Confome a polícia, Ronilson Gomes, que é parente da vítima e também um dos indiciados no caso, passou a informação aos criminosos de que haveria dinheiro em um cofre na residência.
Ronilson tinha interesse em ficar com parte do dinheiro do roubo, mas ele havia passado informação errada aos participantes da ação criminosa. A irmã de Uigui foi levada pelos bandidos até o cofre, onde verificaram que não havia dinheiro, então resolveram levar uma motocicleta que estava estacionada na garagem da casa. Nesse momento, o comerciante chegava no local com a esposa. Os acusados renderam o casal no portão da casa e os levaram para dentro de um dos compartimentos da residência.
Dailton Pereira, o “Puré”, disparou um tiro dentro da casa antes do casal chegar, mas ele não soube informar se foi acidental ou para amedrontar as vítimas. Os bandidos deitaram Uigui no chão e o torturaram com uma arma na cabeça. A vítima suplicava para que eles levassem o que quisessem, mas que não fizessem mal a ninguém. Mesmo diante dos pedidos de clemência do comerciante, Angelino Gomes efetuou um tiro na cabeça de Uigui. “Sem nenhum motivo aparente ou resistência da vítima, o infrator matou o comerciante”, disse o delegado.
Após o disparo efetuado na vítima, o três criminosos fugiram do local a pé, sem levar a moto da família. José Hilton Bezerra de Oliveira, 32 anos, conhecido como “Loirinho”, aguardava  seus comparsas em um carro Gol, uma quadra depois da casa da vítima. Outros dois infratores, Jeovson Costa Lima, 37 anos, vulgo “Son”, e Ilmar de Araújo Silva,  33 anos, também esperavam os três que haviam invadido a casa, em outro veículo, modelo Astra, em uma rua próxima da cena do crime.
A polícia cumpriu mandado de prisão contra Angelino Gomes, pelo crime, mas ele conseguiu fugir do sistema prisional e ainda permanece foragido. Dalton Pereira, o “Puré”, foi preso no dia 7 de abril de 2014 por posse ilegal de armas e permanece na Penitenciária Agrícola do Monte Cristo (Pamc). Filliph Honorato foi preso por 30 dias, mas já se encontra solto. Com relação as demais participantes do crime, o delegado pediu a prisão deles, mas ainda não foi concedida. O inquérito policial já foi concluído e encaminhado ao Ministério Público do Estado (MPRR).
DESPEDIDA – Juracy Rocha permaneceu durante seis anos à frente da Delegacia Geral de Homicídios e fez um balanço dos trabalhos durante sua gestão. Ele informou que Roraima tem uma dos melhores índices de elucidação de crimes.
“Saio com a sensação de dever cumprido. Agradeço a imprensa que nos ajudou e foi parceira em divulgar os resultados de nosso trabalho”, disse ao agradecer a equipe que trabalhou com ele e à população que colaborou de forma anônima com informações de vários casos. (T.C)