Polícia

Venezuelanos agridem militares para entrar em abrigo sem identificação 

Os suspeitos irão responder por crimes de lesão corporal, ameaça e desobediência; militares realizaram exame de corpo de delito no IML.

No abrigo localizado na Avenida Carlos Pereira de Melo, bairro Jardim Floresta, o imigrante acolhido só entra se apresentar o documento de identidade, um procedimento padrão de segurança.

A Polícia Civil registrou, na madrugada de domingo, 29, a agressão de um casal de venezuelanos contra dois militares do Exército Brasileiro, enquanto tentavam entrar no abrigo sem apresentar a documentação necessária. Segundo o registro policial, a mulher teria se negado a apresentar o documento alegando que morava ali e era direito dela entrar.

O militar insistiu informando que não era permitido entrar sem mostrar os documentos, pois no abrigo existem centenas de pessoas e regras a serem cumpridas. A suspeita teria começado a gritar e chamou o marido, que juntamente com pelo menos 15 imigrantes, tentaram acuar os dois militares dentro da guarita e em seguida quebraram as vidraças do local com uso de uma machadinha, resultando em ferimentos em ambos os militares.

A Polícia Militar de Roraima foi acionada para o local, controlou a confusão e levou os venezuelanos envolvidos ao Plantão Central da Polícia Civil. No Distrito Policial, os venezuelanos assumiram que realmente agrediram os militares e quebraram as vidraças da guarita na entrada do abrigo.

A delegada plantonista, Elisa Alice, destacou a naturalidade com a qual assumiram os crimes. “A mulher se apresentou muito fria e assumiu que eles quebraram a guarita e agrediram os dois militares, e em nenhum momento se mostraram arrependidos do que fizeram. Mostraram que não têm medo de punição das leis brasileiras”.

Foi lavrado um TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência) contra os venezuelanos pelos crimes de lesão corporal, ameaça e desobediência. Os militares realizaram exame de corpo de delito no IML. Depois dos procedimentos de praxe, os envolvidos foram liberados para responderem em liberdade pelos crimes.

Não foi informado pelo Exército Brasileiro à Delegacia de Polícia Civil a respeito de possível punição administrativa aos envolvidos, nem se seriam retirados do local, após os fatos. (T.R.)