O advogado Manoel Leocadio de Menezes, que atua na defesa do capitão da Polícia Militar Helton John da Silva de Souza, investigado de participação no homicídio de Jânio Bonfim de Souza, de 57 anos, e Flavia Guilarducci, 50, emitiu nota onde informa que o militar não está foragido.
Segundo o advogado, o capitão segue cumprindo, normalmente, suas atribuições regulamentares na Polícia Militar de Roraima.
Ainda na nota, o advogado enfatiza que a divulgação de informações sobre o caso, como o áudio gravado pelas vítimas, vem ocasionando evidentes riscos à integridade física e psicológica de seu cliente e de sua família.
Leocádio Menezes reforça na nota que o cliente não participou do crime e que a sua inocência será comprovada.
Confira a nota da defesa na íntegra:
O advogado Manoel Leocadio de Menezes, único patrono com a responsabilidade de representar e defender os interesses do Sr. Helton John da Silva de Souza, ante a divulgação de um áudio apócrifo sobre o ocorrido na vicinal do Surrão, e as notícias veiculadas nos meios de comunicação local de forma, absolutamente, desconexas da veracidade dos fatos, os quais, potencialmente, vem ocasionando evidentes riscos à integridade física e psicológica de seu cliente e de sua família, esclarece que o Sr. Helton Jhon da Silva de Souza não se encontra foragido, pelo contrário, está cumprindo, normalmente, suas atribuições regulamentares na Polícia Militar de Roraima.
Esclarece, ainda, que o Sr. Helton Jhon da Silva de Souza não cometera qualquer tipo de delito relacionado aos fatos ocorridos na vicinal do Surrão; e que seu cliente roga pelo imediato desfecho das investigações e pela decisão da Justiça roraimense, na certeza de que comprovarão a sua inocência.
O caso
Jânio e Flávia foram assassinados no dia 23 de abril, na propriedade do casal, localizada na Vicinal do Surrão, município do Cantá. Dois suspeitos estão presos e outros três são apontados como participantes do crime, entre eles, o capitão da Polícia Militar, Helton Jhon da Silva de Souza, 48, que atuava como segurança do governador no dia do crime.
Um dia antes de ser assassinado, o casal registrou um boletim de ocorrência na delegacia da Polícia Civil de Cantá para relatar que teria sido ameaçado pelo vizinho, o empresário Caio de Medeiros Porto.
No dia seguinte, Jânio e Flavia foram baleados. O áudio da conversa dos suspeitos com o casal foi gravado pelas vítimas. Atingido no abdômen, o agricultor, ainda consciente, relatou ao vizinho, o mesmo que socorreu as vítimas, que quatro homens chegaram em uma caminhonete Chevrolet S10 branca em sua propriedade. Ele morreu pouco depois. A mulher, baleada na cabeça, morreu uma semana depois.