SEGUE PARA SANÇÃO

Deputados aprovam proibição de coleiras de choque em animais em Roraima

Proposta agora depende de sanção do governador Antonio Denarium para virar lei. Projeto prevê multa de até R$ 14,8 mil

O plenário da Assembleia Legislativa de Roraima nesta terça-feira (Foto: Eduardo Andrade/SupCom ALE-RR)
O plenário da Assembleia Legislativa de Roraima nesta terça-feira (Foto: Eduardo Andrade/SupCom ALE-RR)

A Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) aprovou nesta terça-feira (7), por 17 votos, o Projeto de Lei que proíbe a fabricação, a comercialização e o uso de coleiras antilatido com impulso eletrônico de choque no Estado. A proposta segue para sanção do governador Antonio Denarium (Progressistas).

Conforme o projeto do deputado Éder Lourinho (PSD), a proibição valerá para qualquer modalidade comercial, seja física ou digital. A instalação do dispositivo em animais configurará maus-tratos, portanto, o infrator perderá a guarda do bicho e ficará proibido de cuidar de animais por cinco anos.

O deputado estadual Éder Lourinho durante a sessão desta terça-feira (Foto: Jader Souza/SupCom ALE-RR)

“Não é mais possível aceitar que, nos dias de hoje, sob o pretexto de ‘adestrar’ animais, ainda se permita o uso de um artefato tão ultrapassado e que causa dor desnecessariamente, haja vista a existência de diversos métodos alternativos, mais eficientes e indolores”, diz o autor no projeto

O projeto também prevê multa de 15 a 30 vezes a Unidade Fiscal Estadual de Referência de Roraima. Portanto, pelo atual valor vigente da Uferr, essa punição variará de R$ 7.397,40 a R$ 14.794,80. Caso a lei seja sancionada, a multa será calculada conforme a gravidade da infração, o poder econômico do suspeito, a conduta e o resultado produzido pelo descumprimento da lei.

A fabricação ou a comercialização do produto, por sua vez, resultará em apreensão do produto, cassação da inscrição estadual da empresa vendedora e multa nos mesmos moldes da estabelecida para quem instalar o dispositivo nos animais.

Antes de chegar ao plenário, a proposta recebeu aval das comissões de Constituição e Justiça, de Defesa e Proteção aos Direitos dos Animais, e de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. A Procuradoria Legislativa da Casa também concluiu pela constitucionalidade do projeto.