O internato médico de alunos da Universidade Federal em Roraima (UFRR) pode ser afetada após adesão da maioria dos professores do curso de medicina à greve no estado. O Centro Acadêmico, a UFRR e alunos afirmaram que serviço, considerado estágios dos acadêmicos de medicina, é essencial e o calendário não deve ser suspenso. O Comando Geral de Greve foi procurado pela reportagem para posicionamento sobre a situação.
De acordo com informações extraoficiais, inicialmente, apenas professores do 2º ano do curso aderiram ao movimento. No entanto, na última semana, mais docentes aderiram à greve, incluindo professores do internato. O que colocou em risco o calendário acadêmico de medicina.
“Alunos do 5º e 6º ano quinto e sexto ano vão ter a formação atrasada e podem não conseguir assumir concursos e provas de residência. Os hospitais vão ficar desassistidos porque os alunos de medicina estão no trauma, no centro cirúrgico, na UTI, na maternidade, na sala de parto. A gente tem muita importância para esses lugares, que vão ficar desassistidos”, explicou um estudante de medicina da UFRR, que não quis se identificar.
A paralisação estaria concentrada em 90% do internato, afetando a formação em clínica médica, saúde coletiva nas UBSs, ginecologia e obstetrícia, e clínica cirúrgica. Apenas o estágio em pediatria estaria mantido.
Impacto no internato médico
Nas redes sociais, o Centro Acadêmico de Medicina da UFRR publicou nota nessa terça-feira (7) informando que respeita a manifestação de greve dos professores, mas que discorda da suspensão do calendário acadêmico, principalmente pelo impacto ao internato médico.
Nossos estudantes dependem dessas experiências clínicas para o desenvolvimento profissional e aprimoramento de suas habilidades essenciais para o cuidado com os pacientes. […] Somos conscientes de que há estudantes prestes a se formar que enfrentam um cronograma rigoroso e específico. […] Qualquer interrupção no calendário acadêmico pode comprometer significativamente seus planos e, consequentemente, sua carreira profissional.
afirmou o Camed.
O Centro Acadêmico ainda reforçou que a maioria dos estudantes de medicina não está em apoio à greve estudantil e à paralisação do calendário. “Durante a última reunião do DCE (Diretório Central dos Estudantes), votamos em maioria contra a formação da comissão de greve estudantil, refletindo a posição predominante dos estudantes de medicina”, explicou.
UFRR apontou como serviço essencial
Também ontem, a Universidade Federal de Roraima emitiu ofício ao Comando Geral de Greve em Roraima, informando os serviços essenciais, que não devem ser interrompidos. Entre eles, a instituição especificou os “programas federais que envolvem atividades de ensino com tempo de duração previsto em cronograma que não pode ser alterado pela IES”, o que inclui residência e internato.
O Comando Geral de Greve foi procurado pela reportagem para posicionamento sobre a situação.