Cotidiano

Desafio é consolidar doutores na região

Muitos doutores, depois de concluírem suas qualificações e adquirirem experiência na UFRR, acabam voltando para suas terras de origens

O vice-reitor da Universidade Federal de Roraima (UFRR), Reginaldo Gomes, afirmou que nos 25 anos de vida a instituição cresceu muito e contribuiu para o desenvolvimento do Estado, comemorando a data como “Cidade Universitária”. Mas, apesar das conquistas, ele destacou um grande desafio que a instituição terá com meta para os próximos anos: consolidar os professores/doutores na nossa região.     “O grande desafio é manter os doutores na região. Hoje temos em torno de 570 professores e aproximadamente 180 destes com doutorado e os outros praticamente todos com mestrados, mas ainda temos dificuldade de fixar esses doutores na instituição”, frisou. Para ele, muitos doutores, depois de concluírem suas qualificações e adquirirem experiência na UFRR, acabam fazendo concursos para outros estados ou voltam para suas terras de origens.          “Desta forma, acabamos perdendo alguns doutores, e o desafio é tentar consolidar programas atrativos para que esse professor/doutor permaneça na nossa instituição”, frisou ao complementar que a UFRR foi a primeira instituição federal no Estado, que nasceu com apenas 12 cursos. Hoje são 45 cursos de graduação, além de dez mestrados e quatro de doutorados.
“Temos muito a comemorar nestes 25 anos, não só pela ampliação dos cursos, mas na qualificação dos professores com mestrados e doutorados, como também na infraestrutura. No início eram apenas dois blocos e hoje temos uma representação de blocos nos campi de Paricarana, Cauamé e Murupu, que nos dá a possibilidade de dizermos que temos uma ‘Cidade Universitária’”, frisou.        Ele lembrou que mais de 6.700 profissionais foram formados em diferentes áreas ofertadas pela UFRR. “Ao visitar as instituições e órgãos no Estado, sempre encontramos um ex-aluno nosso, qualificado e consciente de seu papel na sociedade, melhorando os serviços prestados no Estado”, frisou.   
Aliado a isso, ele destacou que mais de 60% da juventude de Roraima estão frequentando um banco universitário, quer seja na UFRR, nas universidades particulares, na estadual ou no Instituto Federal de Roraima (UFRR).
“Isso dá a Boa Vista todas as características de uma ‘Cidade Universitária’ e muda o perfil da cidade, pois dá a oportunidade de pessoas de vários segmentos se qualificarem”, comentou. “Mas nem sempre foi assim. Antes da UFRR, para se qualificar, a pessoa tinha que sair para outro Estado, mas só saía quem tivesse dinheiro ou a família tivesse com mandar ele para fora do Estado”, frisou.  
Como roraimense, Reginaldo Gomes disse que passou por essa experiência de ter que deixar a família, sair para outro Estado a fim de poder adquirir uma qualificação. “Hoje me sinto feliz e honrado em fazer parte da Reitoria juntamente com a professora Gioconda, ver o crescimento conjunto desta instituição e poder oferecer mais qualidade de vida as pessoas”, frisou. (R.R)
Qualificação chega aos indígenas
O vice-reitor da Universidade Federal de Roraima (UFRR), Reginaldo Gomes, ressaltou que, se antes havia dificuldade para qualificação de quem morava na cidade, com a fundação da UFRR, além da facilidade de qualificar que mora na Capital, as comunidades indígenas também têm a chance de se formar em áreas específicas.
“Hoje temos o Instituo Insikiram, que qualifica indígenas em Licenciatura Intercultural, formando professores para as escolas indígenas, sempre em bilingue, com o português e a língua materna, seja o Macuxi, Wapixana, Yanomami, Wai-Wai e ingaricó, além do curso de Gestão Territorial  e o de Gestão de Saúde Coletiva”, frisou. 
Ele explicou que o objetivo maior da Licenciatura Intercultural é o de formar e habilitar professores indígenas em Licenciatura Plena com enfoque intercultural, para atuarem nas áreas de Ciências Sociais, Comunicação e Artes e Ciências da Natureza, de acordo com as especificidades dos povos indígenas de Roraima. (R.R)