A lavanderia hospitalar Olimpo Comércio e Serviços LTDA suspendeu os serviços de lavagem prestados ao Hospital Geral de Roraima (HGR). A suspensão ocorreu após a empresa ser alvo de operação da PF (Polícia Federal) que investiga um esquema que teria desviado quase R$ 26 milhões de contratos da pasta.
Em ofício enviado na sexta-feira (17) à Sesau (Secretaria Estadual de Saúde), a Olimpo avisou que não coletaria qualquer roupa e que devolveria todas as roupas hospitalares à unidade, lavadas e sujas, de forma separada.
No mesmo dia, a direção do HGR pediu uma providência urgente da coordenação geral de administração da Sesau. No ofício, o setor considerou que “a falta de roupas limpas e adequadamente esterilizadas pode aumentar significativamente o risco de infecções hospitalares, como infecções de feridas cirúrgicas, pneumonias associadas à ventilação e infecções do trato urinário”.
“Além dos pacientes, os profissionais de saúde também estão expostos a riscos quando as roupas hospitalares não atendem às conformidades de limpeza e esterilização. A contaminação cruzada pode ocorrer, colocando em risco a saúde e segurança da equipe médica e assistencial”, completou o documento.
Em outro ofício enviado à secretária Cecíla Lorenzon, a Olimpo explica que a suspensão dos serviços cumpre determinação cautelar do ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Raul Araújo, no âmbito das investigações conduzidas pela PF.
A Secretaria de Saúde informou, por meio de nota, que a rouparia do Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento está sendo lavada nas unidades hospitalares da rede estadual de saúde que têm lavanderia própria, de forma a não comprometer a rotina hospitalar da unidade.
A Olimpo, por sua vez, não enviou resposta até a publicação da reportagem