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Rua Anna Nery – A Primeira Enfermeira do Brasil

O dia 12 de maio foi escolhido para homenagear a data de nascimento da inglesa Florence Nightingale (12 de maio de 1820 - 13 de agosto de 1910), considerada a mãe da enfermagem moderna. No Brasil, a data foi instituída pelo Decreto nº 2.956, de 10 de agosto de 1938, passando o dia 12 de maio a ser comemorado como o “Dia da Enfermagem”.

Esta rua está situada no Bairro Canarinho, findando no Bairro Aparecida

QUEM FOI ANNA NERY:

Anna Justina Ferreira Nery nasceu em 13 de dezembro de 1814, na então Vila da Cachoeira do Paraguassu, na Bahia.

Ana Néri foi casada com o capitão Antônio Isidoro Néri, que morreu em serviço na Marinha em 1844. Viúva, ela passou a se dedicar aos filhos que também eram militares. Eles foram convocados para a Guerra do Paraguai e partiram para essa missão.

Com o objetivo de acompanhá-los, Ana Néri escreveu uma carta ao presidente da Província (hoje Estado) da Bahia, o conselheiro Manuel Pinho de Sousa Dantas, onde pediu para ser voluntária no cuidado de feridos durante a Guerra.

Anna conseguiu o direito de acompanhá-los. Com o pedido aceito, ela foi para o Rio Grande do Sul onde aprendeu noções básicas de Enfermagem, e assim trabalhou dias e noites como voluntária de Enfermagem nos hospitais militares de Assunção (capital do Paraguai), Corrientes e Humaitá, tornando-se a primeira enfermeira do Brasil.

A Guerra do Paraguai, o maior conflito armado internacional ocorrido na América Latina, aconteceu no período de dezembro de 1864 a março de 1870, e foi travada entre o Paraguai e a Tríplice Aliança (composta pelo Império do Brasil, Argentina e Uruguai).

Nesta guerra, a enfermeira Anna Nery, além de prestar todo o cuidado com os feridos, voltou ao Brasil trazendo órfãos de guerra. Ana Néri tornou-se símbolo da Enfermagem no país

Com recursos financeiros pessoais que herdou da família, montou na capital paraguaia (Asunción) – que estava ocupada pelo Exército brasileiro – uma enfermaria modelo. Na guerra, Anna Nery perdeu um dos filhos. Ao voltar para o Brasil, foi recebida com diversas homenagens, entre elas, ganhou a Medalha Geral de Campanha e a Medalha Humanitária de Primeira Classe, concedidas pelo Império.

Anna Nery acreditava na importância de um atendimento humanizado, centrado no paciente e em suas necessidades. Ela defendia a empatia, o respeito e a compaixão como pilares fundamentais no cuidado com os enfermos, independentemente de sua origem ou situação.

Anna também recebeu uma pensão vitalícia com a qual educou quatro órfãos que adotou no Paraguai. A Enfermeira Anna Nery faleceu em 20 de maio de 1880, aos 66 anos. Seu corpo está sepultado no cemitério de São Francisco Xavier, no Rio de Janeiro.

A data de seu falecimento, 20 de maio, marca o “Dia Nacional dos Técnicos  e Auxiliares de Enfermagem”.

HOMENAGENS:

Em homenagem a Anna Nery, o médico Carlos Chagas batizou com seu nome a primeira escola oficial brasileira de Enfermagem de alto padrão (Escola de Enfermagem Anna Nery, da Universidade Federal do Rio de Janeiro), fundada em 1926. Já o pintor Vitor Meireles produziu seu retrato em tamanho natural, que foi exposto na sede da Cruz Vermelha Brasileira.

Em Boa Vista/Roraima, a Prefeitura a homenageou com o seu nome numa rua no Bairro Canarinho, estendendo-se até o Bairro Aparecida.

No ano de 1938, o à época Presidente da República Getúlio Vargas assinou um decreto que instituía o DIA DO ENFERMEIRO, a ser celebrado em 12 de maio. Nesta data, deveriam ser prestadas homenagens especiais à memória de Anna Nery, em todos os hospitais e escolas de Enfermagem do País. O nome de Anna Nery está registrado no Livro dos Heróis da Pátria, que fica no Panteão da Pátria e da Liberdade, em Brasília – DF.

POR QUE 12 DE MAIO É COMEMORADO COMO O “DIA INTERNACIONAL DA ENFERMAGEM”?

O dia 12 de maio foi escolhido para homenagear a data de nascimento da inglesa Florence Nightingale (12 de maio de 1820 – 13 de agosto de 1910), considerada a mãe da enfermagem moderna. No Brasil, a data foi instituída pelo Decreto nº 2.956, de 10 de agosto de 1938, passando o dia 12 de maio a ser comemorado como o “Dia da Enfermagem”.

Quem foi Florence Nightingale:

 A enfermeira Florence Nightingale nasceu em Florença, na Itália, em 12 de maio de 1820, e depois pediu a cidadania inglesa. Ela desafiou as expectativas da época (que não permitia mulheres no campo de batalha de guerra) e seguiu o que considerou como seu chamado de enfermagem dado por Deus.

Durante a Guerra da Criméia (1853 e 1856), ela e uma equipe de enfermeiras melhoraram as condições insalubres em um hospital de base britânico, reduzindo bastante a contagem de mortes. Seus escritos provocaram a reforma mundial da saúde e, em 1860, ela criou o St. Thomas ‘Hospital e a Nightingale Training School for Nurses (Escola com Curso de Ensino para Enfermeiras)

Desde adolescente, Florence Nightingale já praticava filantropia, ministrando ensino de saúde aos doentes e pobres da aldeia vizinha (e, também dava bens materiais e comida para os pobres). Nightingale finalmente chegou à conclusão de que a enfermagem era sua vocação; ela acreditava que a vocação era seu propósito divino.

Quando Nightingale se aproximou dos pais e contou-lhes sobre suas ambições de se tornar enfermeira, eles não ficaram satisfeitos e proibiram-na de buscar um treinamento adequado. Durante a era vitoriana, onde as mulheres inglesas quase não tinham direitos de propriedade, esperava-se que uma jovem da estatura social de Nightingale se casasse com um homem de meios para garantir sua posição de classe – não aceitar um emprego que fosse visto pelas classes sociais superiores como humilde trabalho braçal.

Em 1849, Nightingale recusou uma proposta de casamento de um cavalheiro “adequado”, Richard Monckton Milnes, que a perseguiu durante anos. Ela explicou seu motivo para rejeitá-lo, dizendo que, enquanto ele a estimulava intelectualmente e romanticamente, sua “natureza moral … ativa” exigia algo além da vida doméstica. (Um biógrafo sugeriu que a rejeição do casamento com Milnes não era, de fato, uma recusa total.) Determinada a perseguir seu verdadeiro chamado apesar das objeções de seus pais, Nightingale acabou matriculada como estudante de enfermagem em 1850 e 1951 na Instituição Protestante. Diaconisas em Kaiserswerth, Alemanha.

No início da década de 1850, Nightingale retornou a Londres, onde ela trabalhou como enfermeira em um hospital da Harley Street para governantas doentes. Sua performance lá impressionou tanto seu empregador que Nightingale foi promovido a superintendente. Nightingale também se ofereceu em um hospital de Middlesex por volta dessa época, enfrentando um surto de cólera e condições insalubres que levaram à rápida disseminação da doença. Nightingale cumpriu sua missão de melhorar as práticas de higiene, diminuindo significativamente a taxa de mortalidade no hospital durante o processo.

GUERRA DA CRIMEIA

A Guerra da Crimeia foi um conflito que se estendeu de 1853 a 1856, na península da Crimeia, no sul da Rússia e nos Bálcãs. Envolveu, de um lado o Império Russo e, de outro, uma coligação integrada pelo Reino Unido, a França, o Reino da Sardenha — formando a Aliança Anglo-Franco-Sarda — e o Império Otomano

Em outubro de 1853, a Guerra da Criméia começou. Forças britânicas e francesas aliadas estavam em guerra contra o Império Russo pelo controle do território otomano. Milhares de soldados britânicos foram enviados para o Mar Negro, onde os suprimentos rapidamente diminuíram. Em 1854, nada menos que 18.000 soldados tinham sido admitidos em hospitais militares.

Na época, não havia enfermeiras estacionadas em hospitais na Crimeia. Após a Batalha de Alma, a Inglaterra estava em alvoroço pela negligência de seus soldados doentes e feridos, que não só não dispunham de assistência médica suficiente, devido a hospitais estarem horrivelmente insuficientes, mas também enfraqueceram em péssimas condições insalubres.

ENFERMEIRA PIONEIRA

No final de 1854, Nightingale recebeu uma carta do Secretário de Guerra Sidney Herbert, pedindo-lhe para organizar um corpo de enfermeiras para cuidar dos soldados doentes e mortos na Criméia. Dado o controle total da operação, ela rapidamente reuniu uma equipe de quase três dúzias de enfermeiras de uma variedade de ordens religiosas e navegou com elas até a Crimeia apenas alguns dias depois.

Embora tivessem sido avisados das horríveis condições lá, nada poderia ter preparado Nightingale e suas enfermeiras para o que viram quando chegaram a Scutari, o hospital de base britânico em Constantinopla. O hospital ficava em cima de uma grande fossa que contaminava a água e o próprio edifício. Os pacientes jaziam em seus próprios excrementos em macas espalhadas pelos corredores. Roedores e insetos passaram correndo por eles. Os suprimentos mais básicos, como ataduras e sabonetes, ficaram cada vez mais escassos à medida que o número de doentes e feridos aumentava constantemente. Até a água precisava ser racionada. Mais soldados estavam morrendo de doenças infecciosas como febre tifoide e cólera do que de ferimentos sofridos em batalhas.

Ela conseguiu centenas de escovas e pediu aos pacientes menos enfermos que esfregassem o interior do hospital do chão ao teto. Nightingale passou todos os minutos acordados cuidando dos soldados. À noite, ela se movia pelos corredores escuros carregando uma lâmpada enquanto fazia as rondas, ministrando para paciente após paciente. Os soldados, que foram movidos e consolados por seu interminável suprimento de compaixão, começaram a chamá-la de “a senhora com a lâmpada”. Outros simplesmente a chamavam de “o Anjo da Crimeia”. Seu trabalho reduziu a taxa de mortalidade do hospital em dois terços.

Além de melhorar enormemente as condições sanitárias do hospital, Nightingale instituiu uma “cozinha inválida” onde era preparado um alimento atraente para pacientes com necessidades dietéticas especiais. Ela também estabeleceu uma lavanderia para que os pacientes tivessem lençóis limpos, bem como uma sala de aula e biblioteca para estímulo intelectual e entretenimento.

RECONHECIMENTO E APRECIAÇÃO

Nightingale permaneceu em Scutari por um ano e meio. Ela partiu no verão de 1856, quando o conflito da Criméia foi resolvido, e voltou para sua casa de infância em Lea Hurst. Para sua surpresa, ela foi recebida com uma recepção de herói, que a humilde enfermeira fez o melhor que pôde para evitar. No ano anterior, a rainha Vitória havia recompensado o trabalho de Nightingale, apresentando-lhe um broche gravado que veio a ser conhecido como a “Jóia Rouxinol” e concedendo-lhe um prêmio de 250 mil dólares do governo britânico.

Nightingale decidiu usar o dinheiro para promover sua causa. Em 1860, ela financiou a criação do Hospital St. Thomas, e dentro dela, a Escola de Treinamento Nightingale para Enfermeiros. Nightingale tornou-se uma figura de admiração pública. Poemas, canções e peças foram escritas e dedicadas em honra da heroína. As mulheres jovens aspiravam a ser como ela. Ansiosa para seguir seu exemplo, até mesmo as mulheres das classes mais abastadas começaram a se matricular na escola de treinamento. Graças a Nightingale, a enfermagem já não era desaprovada pelas classes superiores; De fato, ela passou a ser vista como uma vocação honrosa.

Com base em suas observações durante a Guerra da Criméia, Nightingale escreveu Notas sobre Assuntos que Afetam a Saúde, Eficiência e Administração Hospitalar do Exército Britânico, um relatório massivo publicado em 1858, analisando sua experiência e propondo reformas para outros hospitais militares. Sua pesquisa provocaria uma reestruturação total do departamento administrativo do Ministério da Guerra, incluindo o estabelecimento de uma Comissão Real para a Saúde do Exército em 1857.

Nightingale também foi notado por suas habilidades em estatística, criando gráficos torta de pacientes sobre mortalidade de pacientes em Scutari. influenciar a direção da epidemiologia médica.

VIDA MAIS TARDE

Enquanto em Scutari, Nightingale havia contraído a brucelose bacteriana, também conhecida como febre da Crimeia, e nunca se recuperaria totalmente. No momento em que ela tinha 38 anos de idade, ela estava em casa e rotineiramente acamada, e seria assim para o restante de sua longa vida. Ferozmente determinada e dedicada como sempre a melhorar os cuidados de saúde e aliviar o sofrimento dos pacientes, Nightingale continuou seu trabalho de sua cama.

Residindo em Mayfair, ela continuou sendo uma autoridade e defensora da reforma da saúde, entrevistando políticos e recebendo visitantes ilustres de sua cama. Em 1859, publicou Notas sobre Hospitais, que se concentravam em como administrar corretamente hospitais civis.

Ao longo da Guerra Civil dos EUA, ela foi frequentemente consultada sobre a melhor forma de gerenciar hospitais de campanha. Nightingale também serviu como uma autoridade em questões de saneamento público na Índia para os militares e civis, embora ela nunca tenha estado na Índia.

Em 1907, ela foi conferida a Ordem do Mérito pelo Rei Edward, e recebeu a Liberdade da Cidade de Londres no ano seguinte, tornando-se a primeira mulher a receber a honra. Em maio de 1910, ela recebeu uma mensagem comemorativa do rei George em seu aniversário de 90 anos.

MORTE E LEGADO

Em agosto de 1910, Florence Nightingale adoeceu, mas pareceu recuperar e estava de bom humor. Uma semana depois, na noite de sexta-feira, 12 de agosto de 1910, ela desenvolveu uma série de sintomas preocupantes. Ela morreu inesperadamente por volta das 2 da tarde. no dia seguinte, sábado, 13 de agosto, em sua casa em Londres.

O FUNERAL de Nightingale.

Caracteristicamente, ela havia expressado o desejo de que seu funeral fosse um assunto calmo e modesto, apesar do desejo do público de honrar Nightingale – que incansavelmente dedicou sua vida a prevenir doenças e garantir tratamento seguro e compassivo para os pobres e os sofredores. Respeitando seus últimos desejos, seus parentes recusaram um funeral nacional. A “Senhora da Lâmpada” foi enterrada no terreno da sua família na Igreja de St. Margaret, East Wellow, em Hampshire, Inglaterra.

O Museu Florence Nightingale, que fica no local da Escola de Treinamento de Enfermagem Nightingale original, abriga mais de 2.000 artefatos comemorando a vida e a carreira do “Anjo da Crimeia”. Até hoje, Florence Nightingale é amplamente reconhecida e reverenciada como a pioneira da enfermagem moderna.

E, no Brasil, a enfermeira Anna Nery, a primeira Enfermeira do Brasil, tornou-se símbolo da Enfermagem no país. Aqui em Roraima, como já foi mencionado, em sua homenagem a Prefeitura Municipal de Boa Vista denominou uma rua com o seu nome. A Rua Anna Nery está situada no Bairro Canarinho, findando no Bairro Aparecida.

ENCHENTES NO RIO GRANDE DO SUL e o trabalho de apoio da Enfermagem, aos desabrigados e doentes naquele estado.

Dez toneladas de donativos chegaram entre segunda e terça-feira, 13 e 14 de maio, para serem entregues aos profissionais de Enfermagem atingidos pelas chuvas no Rio Grande do Sul. Os suprimentos saíram de São Paulo e foram repassados pela filial gaúcha da Cruz Vermelha, que tem auxiliado na logística de entrega dos materiais. As doações estão sendo gerenciadas pelo Gabinete de Crise do Cofen e do Conselho Regional do Rio Grande do Sul (Coren-RS).

Dentre os insumos recebidos estavam cestas básicas, produtos de higiene e limpeza, água e roupas. Todos eles foram entregues no Centro de Distribuição de Donativos instalado em Gravataí, um local de parceria entre Cofen, Coren-RS, Cruz Vermelha do RS, Rotary Internacional e a prefeitura do município.

A Central de Ajuda Humanitária, composta pela Equipe de Resposta Rápida (ERR) do Cofen, coordena a chegada dos formulários e contata os profissionais da categoria para saber as necessidades de cada um. Desta forma, a ERR consegue mapear onde estão os atingidos e priorizar a melhor estratégia para o acolhimento de todos.

“Estamos atentos ao cenário que o Rio Grande do Sul passa e como isso tem afetado os profissionais de Enfermagem. O Brasil inteiro está ajudando e vamos continuar firmes para que nossos colegas possam se restabelecer o mais rápido possível”, pontuou o vice-presidente do Cofen, Daniel Menezes.

Formulário SOS Chuvas – Profissionais de Enfermagem vítimas das chuvas podem solicitar apoio ao Cofen e ao Coren-RS por meio do formulário SOS Chuvas. Até ontem, 14 de maio, 1.878 profissionais de Enfermagem que estão atuando nas cidades atingidas pelas chuvas no Rio Grande do Sul, muitos destes profissionais foram acometidos de doenças, e outros com suas famílias estão desabrigados. Até ontem, foram contabilizados 1.081 profissionais técnicos de Enfermagem que estão desalojados, devido as fortes chuvas terem derrubadas suas casas.

Em todo o RS, já são 450 municípios afetados e mais de 2,1 milhões de pessoas atingidas. Foram confirmados, até o momento, 147 mortes.

Campanha solidária – Além dessas ações, os Conselhos iniciaram uma campanha nacional para arrecadar apoio financeiro com o objetivo de apoiar a Enfermagem acometida pelas chuvas. Não há valor mínimo para doação. A arrecadação acontece via Pix, por meio do COBEEM, entidade sem fins lucrativos e devidamente registrada no Cofen. Todo o dinheiro angariado será convertido na compra de materiais como colchões, roupas íntimas, absorventes, fraldas descartáveis infantis, fraldas geriátricas, kits de limpeza, kits de higiene e alimentos. Após a entrega dos itens, será realizada uma live nas redes oficiais do Conselho Federal, para prestação de contas.

Ajude, colabore, participe. Quem salva uma vida, salva o Mundo.

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