Como temos vivido momentos difíceis, onde as pessoas preferem fugir dos problemas a enfrentá-los e resolver. A responsabilidade passou a ser um fantasma a perseguir os fracos e a agregar valor aos fortes o que leva – ainda bem – a separação do joio do trigo no mercado. O que infelizmente seria um forte impulso a tirar pessoas e mais pessoas da zona de conforto, parece que virou o jogo do “empurra empurra”, da falta de posicionamento, liderança e capacidade de mudança de modelos mentais. Estamos vivendo o momento que uma frase vem ganhando força: “Não fui eu, a culpa é do outro”.
Em momentos de grande transformação e complexidade, o melhor do ser humano deveria emergir, guiado pela empatia, responsabilidade e respeito mútuo. No entanto, o que testemunhamos é um crescente fenômeno de “desresponsabilização e desrespeito nas relações interpessoais e sociais”. Esta tendência é acompanhada por uma arrogância disseminada e uma preocupante perda da capacidade de sonhar e aspirar a um futuro melhor.
A desresponsabilização pode ser entendida como uma forma de evitar sistematicamente assumir a responsabilidade por ações e suas consequências, transferindo a culpa ou negligenciando o impacto de nossas escolhas. Isso se reflete na forma como muitas pessoas lidam com seus compromissos, promessas e obrigações, tanto na vida pessoal quanto profissional. Ao invés de reconhecerem seus erros e buscarem soluções, muitos preferem culpar circunstâncias externas ou outras pessoas, criando um ciclo vicioso de falta de responsabilidade e compromisso.
Esse comportamento é exacerbado pelo desrespeito crescente, que se manifesta na intolerância, no preconceito e na violência verbal e física. A comunicação, que deveria ser uma ponte para a compreensão mútua, muitas vezes se torna uma ferramenta de ataque, desrespeito e divisão. As redes sociais, embora poderosas plataformas de conexão, amplificam este fenômeno ao permitir que o anonimato encoraje comportamentos tóxicos e agressivos. As redes dá voz a quem deveria ter nascido mudo, frente as arbitrariedade que deixam ser feitas e acobertadas em perfis de gente que não sabe o que é viver em sociedade.
A arrogância, por sua vez, se instala quando a humildade e a abertura ao aprendizado são substituídas por uma falsa sensação de superioridade e onisciência. Essa atitude impede o diálogo construtivo, a colaboração e a evolução pessoal, criando barreiras entre indivíduos e grupos.
Paralelamente, a perda da capacidade de sonhar se revela em uma sociedade cada vez mais cínica e desiludida. A pressão constante por resultados imediatos, o medo do fracasso e a falta de perspectivas concretas de um futuro promissor têm sufocado a imaginação e a criatividade, elementos essenciais para a inovação e a transformação.
Diante desse cenário, surge a urgente necessidade de reverter essas tendências e resgatar o protagonismo humano, alicerçado em valores sólidos e no respeito às regras de convivência. Para isso, podemos traçar algumas estratégias que podem ser implementadas sem nenhum tipo de trauma:
Educação para a responsabilidade e empatia
A educação deve ir além do ensino em salas de escolas e incluir o desenvolvimento emocional e ético. Programas que incentivem a autorreflexão, a empatia e a responsabilidade social desde cedo podem formar cidadãos mais conscientes e comprometidos. Exemplos incluem a abordagem de disciplinas como ética, filosofia e educação socioemocional nos currículos escolares.
Devemos incentivar o diálogo aberto e respeitos, criando espaços para o diálogo genuíno. Isso pode ser promovido tanto em ambientes educacionais quanto nos locais de trabalho e nas comunidades. A prática de escuta ativa e a valorização da diversidade de opiniões ajudam a construir uma sociedade mais tolerante e colaborativa.
Devemos sempre buscar exemplos de liderança responsável e inspiradora pois eles desempenham um papel crucial na modelagem comportamental. Líderes que demonstram integridade, responsabilidade e compaixão podem inspirar os outros a agir de maneira semelhante. A transparência e a prestação de contas também são essenciais para construir confiança e deixar legados.
A valorização da humildade e da aprendizagem contínua deve fazer parte da cultura das organizações. Isso pode vir pelo incentivo a cultura que prevaleça a humildade e o gostar do aprender sempre, sem barreiras ou medo o que leva ao combate a arrogância. Isso envolve reconhecer que todos têm algo a aprender e a ensinar, e que o erro faz parte do processo de crescimento.
Devemos criar e promover ambientes que incentivem a inovação e a criatividade para reavivar a capacidade de sonhar. Isso inclui apoiar as artes, a ciência e iniciativas que permitam às pessoas explorarem suas paixões e interesses sem o medo constante do fracasso ou da crítica.
As comunidades fortes e coesas podem fornecer um suporte vital em momentos de crise e mudança. Incentivar o voluntariado, a participação cidadã e o espírito de colaboração pode ajudar a construir uma rede de apoio mútua, sempre pronta a fazer a diferença.
Embora as redes sociais tenham potencial para fomentar a desinformação e o desrespeito, elas também podem ser ferramentas poderosas para a educação e a mobilização social. Devemos promover e incentivar o uso consciente e responsável dessas plataformas, combatendo o discurso de ódio e a desinformação, para ajudar a criar um ambiente virtual mais positivo, otimista e menos tóxico.
Devemos valorizar as relações interpessoais saudáveis baseadas no respeito, na compreensão e no apoio mútuo é essencial. Isso pode ser feito através de campanhas de conscientização sobre a importância da saúde mental e emocional, bem como da criação de programas de suporte psicológico e social.
Devemos promover a mediação e a resolução pacífica de conflitos, reduzindo o desrespeito e a violência nas relações. Treinamento em habilidades de resolução de conflitos e a disponibilidade de mediadores qualificados são passos importantes nesse sentido.
Tudo é possível para a reversão desse momento de tendência a DESRESPONSABILIZAÇÃO e seus agregados como o desrespeito, arrogância e perda da capacidade de sonhar, mas é necessário um esforço coletivo e multifacetado. A promoção de valores como a responsabilidade, a empatia, a humildade e a criatividade, aliada a políticas públicas justas e inclusivas, pode ajudar a resgatar o protagonismo humano e construir uma sociedade mais harmoniosa e próspera. Cada indivíduo tem um papel a desempenhar nessa transformação, começando pelas pequenas ações diárias que, juntas, podem gerar um grande impacto. Agora, caso estejamos certos de que tudo que fizemos até hoje foi o suficiente, acredito que o mundo esteja se transformando na casa da DESRESPONSABILIZAÇÃO. Uma pena!!!
Por: Weber Negreiros
CEO da WN Treinamento, Consultoria e Planejamento
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