Cotidiano

Acadêmicos da UFRR perdem a aula para pegar ônibus

Estudantes de cursos noturnos da Universidade Federal de Roraima (UFRR) enfrentam problemas com o horário do último ônibus que passa pelo campus Paricarana antes do fim das aulas. As aulas terminam às 22 horas e, segundo os alunos, o último ônibus passa pela instituição entre 21h20 e 21h35, fazendo com que os alunos percam o final das aulas. Se optarem pela aula, precisam encontrar linhas alternativas para ir para suas casas.

As reclamações vão além do horário em que os coletivos passam pela instituição. Além disso, o caminho para esperar o ônibus fora da UFRR é escuro e distante. As linhas alternativas ficam na Avenida Brigadeiro Eduardo Gomes e na Avenida Venezuela e até as paradas, o caminho é distante e escuro.

Sheila Benevides, aluna da instituição, disse que a situação é “horrível e perigosa”. Por conta do horário, ela não utiliza mais a linha que passa por dentro da UFRR. Antes ela tinha que sair às 21h30 da sala de aula para não perder a condução.

“Quando a gente precisa participar de alguma atividade no período das férias é ainda pior porque a universidade fica vazia. Uma vez, por conta do medo, acabei pegando um ônibus errado porque os itinerários vivem mudando e aí em vez de pegar o Cauamé peguei o Shopping Cauamé. Fui parar no terminal para pegar outro ônibus e poder ir para casa”, contou.

A acadêmica disse que nunca fez nenhuma reclamação pelo fato de não saber como proceder com esta situação, entretanto a também estudante Solange Moraes diz já ter feito reclamações, mas a situação ainda está da mesma maneira. Solange afirmou que são poucas as linhas que percorrem a instituição e muitas vezes isso faz com que os alunos tenham que se deslocar para fora do campus.

Para ela, a situação é perigosa e complicada, pois perde os últimos tempos de aula. “Eu acho que falta ter mais ônibus circulando. O número de estudantes no período da noite cresceu e continua crescendo muito”, comentou a estudante.

OUTRO LADO- A reportagem entrou em contato com o Ministério Público do Estado de Roraima para saber se o órgão tinha conhecimento da situação e, em nota, a assessoria de comunicação declarou que até o presente momento não foi protocolada nenhuma denúncia sobre a reclamação.

A Folha entrou em contato também com a Prefeitura de Boa Vista, mas não recebeu retorno até o fechamento desta matéria. (G.L)