DENÚNCIA

Grávida tem sangramento e perde bebê após ser liberada da maternidade

A Sesau informou que a maternidade segue todos os protocolos clínicos acerca do atendimento à mulher gestante.

Fachada da Maternidade provisória (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)
Fachada da Maternidade provisória (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

A paciente Aurineide de Brito Lopes, de 44 anos, deu entrada na Maternidade na segunda-feira, 27, sangrando e após passar por atendimento médico foi liberada, pois de acordo com o médico, ela estava bem.

Na terça-feira, 28, ela deu entrada novamente na unidade e na madrugada de quarta-feira, 29, perdeu o bebê. Ela estava de dois meses e a gravidez era considerada de risco.

De acordo com o marido da paciente, João Perez, foi introduzido em Aurineide um medicamento para iniciar o processo de curetagem, mas até o momento nada foi feito e segundo ele, ela está com sangramento intenso e fortes dores. O médico que iria fazer o procedimento não o fez e liberou as pacientes.

“A minha maior preocupação é o sangramento porque não é normal a pessoa sangrar desse jeito. Estou temendo pela vida dela, pois já troquei a fralda dela duas vezes e o médico ainda não fez o procedimento”, disse João.

Segundo ele, a direção e ouvidoria da unidade estão fechadas nesta sexta-feira, 31.

A reportagem entrou em contato com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), que se manifestou por meio da seguinte nota:

A Secretaria de Saúde informa que, o Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth segue todos os protocolos clínicos acerca do atendimento à mulher gestante.

Nesse sentido, antes da realização do procedimento de curetagem, o médico indica o uso do misoprostol, um medicamento que induz a contração uterina, para preparar o colo do útero e facilitar a retirada do seu conteúdo.

A curetagem somente é realizada após a constatação da dilatação do colo, evitando-se assim qualquer ferimento no colo ou na sua parede durante o procedimento de raspagem.

Em relação à formalização de denúncia, a Maternidade disponibiliza QRcode nos corredores e leitos que levam à Ouvidoria e facilita a abertura de apuração, mesmo o setor estando fora do horário de expediente ao público.

É muito importante que pacientes e familiares se habituem com esse fluxo de formalização de reclamação, porque esse é o meio mais correto para a devida apuração dos fatos e responsabilização.