OPINIÃO

Sonambulismo: distúrbio que se manifesta durante o estágio mais profundo do sono

Sonambulismo: distúrbio que se manifesta durante o estágio mais profundo do sono

“Em paz me deito e logo adormeço, pois só tu, Senhor, me fazes viver em segurança.” (Provérbios 3: 24)

O sonambulismo é um mecanismo neurológico complexo, o qual é uma situação em que o paciente, durante o seu ciclo de sono, levanta, caminha e realiza várias atividades, inclusive dirigi carro  sem acordar e sem ter a consciência do que está fazendo. Tal distúrbio é um desajuste, visto que somente umas partes das funções cerebrais despertam. 

Crianças entre três a sete anos de idade podem ser afetadas por esse distúrbio, o qual é mais comum em homens e que cessa na adolescência, todavia pode ocorrer sonambulismo também em adultos.

Esse distúrbio pode ser muito perigoso porque a pessoa é capaz de realizar as tarefas cotidianas sem pensar e por isso pode manusear facas e pular muros. Esse comportamento neurológico começa uma a duas horas após a pessoa ir dormir. Ainda não se sabe qual é a causa exatamente que desencadeia um episódio de sonambulismo. Talvez nas crianças tenha a ver com o processo de maturação do cérebro, no entanto alguns fatores desencadeantes podem ser o

de doenças respiratórias, como a asma; apneia; obesidade; estreitamento das vias aéreas superiores; uso excessivo de álcool; consumo de drogas ilícitas; ansiedade; estresse; febre; genética; lesões cerebrais; certas medicações; perda do sono; pesadelos; trauma craniano; bexiga cheia e depressão.

Os sintomas de sonambulismo podem ser: falar durante o sono; não lembrar do sucedido ao acordar; ter comportamentos inapropriados durante o sono, como urinar no quarto; dificuldade para acordar durante o episódio de sonambulismo;

ficar violento quando alguém tenta acordá-lo.

Essa enfermidade, geralmente tem cura e os médicos que atendem pacientes com esse distúrbio são: neurologistas, médicos do sono, geneticistas, clínico geral e psiquiatras.

O diagnóstico do sonambulismo é feito por intermédio do histórico do paciente e através do que o paciente e as pessoas que convivem com ele relatam. 

Os especialistas geralmente solicitam polissonografia, exame que registra as reações do organismo durante o sono e eletroencefalograma. 

Para evitar acidentes com a pessoa sonâmbula, os parentes devem esconder copos de vido, prato ou outros objetos perigosos, que possam machucar o sonâmbulo; colocar grades de proteção nas janelas; trancar as portas; esconder as chaves inclusive a de carros.

O ideal é que o bujão de gás fique fora da cozinha e com sua torneira fechada e que o sonâmbulo resida em casa sem escadaria; devem ser guardados objetos cortantes; o chão deve ficar livre de objetos e, entre outros, instalar luzes acionadas por movimentos.

Marlene de Andrade

Médica formada pela UFF

Título em Medicina do Trabalho/ANAMT

Perita em Tráfego/ABRAMET

Perita em Perícias Médicas/Fundação UNIMED

Especialização em Educação em Saúde Pública/UNAERP

Técnica de Segurança do Trabalho/SENAI-IEL

CRM-RR 339 RQE 431