Cotidiano

Basa dispõe R$ 150 milhões para aplicação em Roraima

Em atenção a questionamentos sobre a reportagem, “Produtores rurais podem pedir financiamento apenas com CPF”, do repórter Pedro Barbosa, publicada na edição de quarta-feira, dia 29, a Folha publica errata para explicar o acesso a financiamentos do Banco da Amazônia (Basa), pelo Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO) 2018.

Este ano, o volume de recursos do plano de aplicação do Basa em Roraima é de R$ 150 milhões e, deste montante, até o momento, a agência de Boa Vista já contratou aproximadamente R$ 71 milhões, entre operações em análise e em prospecção, projetos em elaboração, segundo o gerente do Basa em Boa Vista, Liércio Soares.  

O gerente ressalta que,para ter acesso ao crédito, é preciso ser cliente do Basa, estar com o nome regularizado perante o Governo Federal; já trabalhar na área que está sendo empreendida e apresentar um plano de negócios definido com os gastos e qual o período necessário e apresentar as garantias necessárias à instituição financeira.

“Dos R$ 71 milhões que já estamos operando, alguns contratos já estão em análises e outros ainda na fase de elaboração de projetos”, disse. “São projetos de empresários de pequeno, médio e grande porte dos oito municípios da jurisdição da agência de Boa Vista, que são Alto Alegre, Bonfim, Pacaraima, Uiramutã, Normandia, Amajari e Mucajaí, mas que qualquer município pode ser atendido pelo FNO, pois também há agência em Caracaraí, que atende aos empresários dos demais municípios e que querem reforçar seus empreendimentos em 2018”, afirmou. 

Ele informou que, apesar de o crédito priorizar o agronegócio, é possível também financiar negócios no setor urbano, com o uso de CNPJ, para todas as atividades empresariais e de negócios, ficando de fora apenas os ramos envolvendo armas e motéis que não podem ser contemplados com o crédito. 

“Para er acesso ao crédito, o banco averígua duas coisas. Primeiramente, um plano de negócios. Algo que esteja concluído em relação ao orçamento necessário e qual o tempo que será preciso para aquilo, tudo com uma garantia de que haja controle de gastos. A segunda coisa é o histórico, precisamos saber se o empreendedor tem experiência na área”, afirmou.

Outro fator que interfere no valor que é cedido pelo banco para o financiamento, também diz respeito ao potencial econômico da região onde o empresário está concentrando sua produção ou negócio. 

“Em municípios como Normandia, por exemplo, averiguamos um enorme potencial para produção de melancias. Em Boa Vista, o maior potencial é na parte industrial. Cada região abrangida por esta agência possui seu levantamento sobre quais seus principais potenciais econômicos”, afirmou.

Sobre a procura existente pelo crédito atualmente, Liércio destacou que, por ser um ano politicamente polarizado, e o Brasil ainda sentir reflexos da crise financeira, um sentimento de insegurança vem sendo gerado no empreendedor, o que faz ele se sentir incerto em fazer investimentos a médio e longo prazo.

“A procura está estável, mas ainda sim caberia uma elevação para nós. Acreditamos que existem dois fatores que contribuem para isso. O primeiro é a crise financeira que reverberou no Brasil e segundo, o atual cenário politicamente delicado. Um empecilho comum de quem não consegue o investimento é o nome sujo no Serviço de Proteção de Crédito (SPC) ou Serasa. Sempre recomendamos que a pessoa verifique se o nome está limpo antes de vir, pois aquele que busca um financiamento precisa estar sem restrições no SPC”, relatou.

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