ÂNIMOS AFLORADOS

Polícia Militar é acionada durante desentendimento entre professores e Sinter; veja vídeo

Conforme um dos professores envolvidos na discussão, o grupo havia se reunido no local para conseguir informações sobre demandas do grupo

Sede do Sinter (Foto: Wenderson Cabral/ FolhaBV)
Sede do Sinter (Foto: Wenderson Cabral/ FolhaBV)

Devido aos ânimos aflorados durante um desentendimento entre a diretoria do Sinter (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Roraima) e professores sindicalizados, a Polícia Militar de Roraima (PMRR) foi acionada. A discussão aconteceu nessa quinta-feira (6).

Conforme Manoel Lobo, educador do estado que estava presente no momento da discussão, os professores haviam combinado de irem até o local para obter informações sobre demandas do grupo de profissionais. Entretanto, a situação teria saído do controle.

“[A diretoria] fica fazendo comunicado no Instagram, quando o certo é convocar os sindicalizados numa assembleia geral para apresentar a prestação de contas e das atividades, mas a diretoria se recusa a fazer. Ontem [6], sete professores foram conversar com a presidente e pedir para ela convocar a assembleia e atender as demandas. E, para nossa surpresa, chamaram a polícia para retirar professores sindicalizados da sede que é nossa. Uma das diretoras tentou tirar o microfone das mãos de um colega. Achamos essa atitude totalmente descabida e autoritária”, disse.

Algumas das reivindicações dos profissionais, segundo ele, são: reajuste salarial, convocação de assembleia geral e transparência financeira. Além disso, relataram problemas referentes à estrutura das escolas do interior e à militarização das instituições.

O professor ressaltou que uma reunião com a comissão de professores foi agendada com a diretoria para a próxima segunda-feira [10]. “Se não marcar, vamos encher a sede do sindicato na semana que vem”, comentou.

Outro lado

À Folha, a diretora geral do Sinter, Josefa Matos, negou que o sindicato tenha agido de forma “descabida e autoritária”. Afirmou ainda que os professores chegaram no local com alto-falante e carro de som “nas alturas” e que queriam “intimidar a instituição”.

“Em nenhum momento destratamos eles. Ficaram um tempão lá dentro do pátio do sindicato falando alto e com buzina. Foi uma coisa descabida da parte deles. Não tinha necessidade disso. Era só eles chegarem lá, marcarem uma uma reunião e a gente receberia eles. Perturbaram o trabalho dos nossos servidores perturbaram o atendimento dos Servidores. No momento, eu não estava dentro do sindicato, porque eu estava resolvendo outras situação. Foi marcada uma reunião com eles para segunda-feira e eu vou star lá para receber eles tranquilos. Ontem, eles foram lá com um carro de som com exigências e, em nenhum momento, chegaram lá de boa para conversar com a gente para saber o que está acontecendo dentro do sindicato”, afirmou a diretora.