COLUNA PARABÓLICA

Pré-candidata, Catarina Guerra se afasta da presidência da Escolegis

Coluna desta quarta-feira (12) ainda repercute a mudança na composição da Câmara Municipal com a cassação de Adjalma Gonçalves

Bom dia,

“A ordem do inverso” é uma popular canção de protesto que anda circulando especialmente na internet, as mídias e rádio tradicionais não têm dado a devida atenção a ela. Mesmo assim, as evidências de um Brasil onde o Estado e seus representantes políticos e servidores públicos estão em completa falta de sintonia entre suas condutas/ações e os reais interesses e necessidades da população são cada dia mais evidentes. O Poder Executivo – entenda-se o governo federal – teima em arrecadar mais impostos quando a vontade expressa da população é no sentido de se recusar a tirar dinheiro do próprio sustento para repassá-lo às mãos gastadoras e irresponsáveis dos que manuseiam os cofres do Tesouro Nacional. Exemplo disso são dados pelo vergonhoso envio ao Congresso Nacional de uma Medida Provisória (MP) que cobra crédito já conquistado das empresas em geral no Brasil e pela tentativa frustrada de comprar arroz importado.

Outro exemplo dessa contramão entre os interesses populares e o que fazem esses agentes públicos estatais é a conduta do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso. No mesmo dia em que o crime organizado e as milícias cariocas interditavam a famosa Linha Vermelha, a principal porta de saída do Rio de Janeiro, e que na troca de tiros com a Polícia Militar os meliantes mataram uma jovem integrante da Polícia Militar, o poderoso ministro Barroso expedia uma decisão para obrigar o governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos) a obedecer às ordens de seu ex-colega Ricardo Lewandowski, hoje ministro da Justiça e Segurança de Lula da Silva (PT), com referência ao uso de câmeras nos uniformes dos policiais militares de São Paulo. Pode?

Composição

Nos 45 minutos do segundo tempo, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) mudou a composição da Câmara Municipal de Boa Vista e confirmou a posse do advogado Samuel Lopes, na vaga até então ocupada por Adjalma Gonçalves (Podemos). Determinou, ainda, que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RR) cumpra a decisão imediatamente, sem a necessidade de publicação do acórdão, o que pode ser uma tendência da Corte nacional.

Pedalada

A Assembleia Legislativa criou uma Comissão Especial para tratar do pedido de providências de autoria do deputado Jorge Everton (União Brasil), no início desta semana, para impedir que o Governo do Estado siga com o empréstimo de R$ 805 milhões aprovado no ano passado. O presidente da Casa, deputado Soldado Sampaio (Republicanos), pediu a conclusão dos trabalhos do grupo antes da votação da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), prevista para final deste mês.

Desincompatibilização

Discretamente, sem alardes, a deputada estadual Catarina Guerra (União Brasil), encaminhou memorando ao presidente da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) no último dia 6, quinta-feira da semana passada, pedindo o afastamento do cargo de presidente da Escola do Legislativo (Escolegis), a partir daquele dia e até o final do primeiro turno das eleições, no dia 6 de outubro, considerando sua pré-candidatura à prefeita da capital.

Pesca

A questão em torno da determinação da Femarh (Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos) para suspender novos processos de autorização para pesca esportiva no Baixo Rio Branco deve, finalmente, ser discutida pela ALE-RR. O deputado Gabriel Picanço (Republicanos) protocolou um pedido de informação solicitando cópia integral de todo o procedimento administrativo.

Bonfim

A Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) vai dispor de R$ 1.855.963,50 para a Prefeitura de Bonfim investir em “melhorias dos serviços de saúde” para aquela população. O convênio assinado prevê a contrapartida de R$ 37.876,00 do Município e tem como objeto a aquisição de medicamentos e insumos médico-hospitalares para atender unidades de saúde. A emenda impositiva é do deputado Éder Lourinho (PSD).

Arroz

Lá em Brasília, o deputado Evair de Melo (PP-ES) botou a mão em um vespeiro, e aproveitou a deixa do leilão organizado pelo Governo Federal para aquisição de arroz importado, para discutir uma possível reversão da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, cá em Roraima. O requerimento, com pedido de audiência pública, deve ser votado nesta quarta-feira, 12, na Comissão de Agricultura.

Suspensa

Com seu presidente atingido em cheio na desastrada tentativa de comprar de arroz importado, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) foi abalada até por aqui. Em nota aos pequenos agricultores que são clientes na venda de balcões de milho, a direção local daquela autarquia informou que as operações estão suspensas até a próxima de semana. Um dos diretores nacionais, o encarregado de compras, já foi demitido e ninguém aposta muitas fichas na permanência do presidente.