KATTY MORAIS
Colaboradora da Folha
O início da semana na capital foi de transtornos por conta da chuva que caiu na manhã de ontem, durante aproximadamente três horas, tempo o suficiente para transformar algumas ruas e avenidas em verdadeiros rios de lama. Os problemas mais comuns são ruas esburacadas, acúmulo de água nas vias, dificultando a locomoção, o trânsito e gerando prejuízos para donos de veículos.
A chuva foi forte e deixou diversas ruas e avenidas alagadas. Vias tradicionais como Brigadeiro Eduardo Gomes, Ville Roy, Major Williams e Santos Dumont ficaram cobertas de água, dificultando o tráfego de carros, motos e pedestres.
Duas paradas de ônibus na avenida Capitão Júlio Bezerra ficaram praticamente inacessíveis devido a buracos que acumulam água da chuva.
“Todo inverno a situação é semelhante. As coisas precisam melhorar, porque têm ruas aqui na cidade que a situação é crítica e permanente. Com relação à questão do alagamento, entra ano e sai ano e as coisas continuam iguais. Seria benéfico para a população, caso o município resolvesse esses problemas”, relatou o comerciante Ivan Paulo.
No cruzamento das avenida Ville Roy e Major Williams, o acúmulo de água é tão grande que pedestres têm que fazer novos percursos, para desviar dos pontos mais críticos.
“A cidade fica em uma situação péssima quando chove e não é apenas no centro. Os bairros periféricos passam pelo mesmo. Na minha opinião, isso é ridículo. Eu poderia ter ido pelo meu caminho de sempre, no entanto precisei desviar dos poções d’água”, disse a dona de casa Eloisa Souza da Silva.
Na avenida Brigadeiro Eduardo Gomes, em frente ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran), as condições da via após a chuva eram questionáveis por quem passava pelo local.
“Acredito que teria como resolver esses problemas, mas para isso era necessário que as autoridades realmente quisessem ajudar a população. É lamentável principalmente para donos de veículos, pois fica complicado, prejudica muito, principalmente com relação à manutenção”, afirmou o empresário Luís Eduardo.
Uma das situações mais complicadas registradas pela equipe da Folha foi no bairro Jardim Floresta, mais especificamente na rua Abel Francisco de Oliveira, que ficou tomada pela água da chuva. Com os bueiros entupidos, a água não tinha para onde escorrer.
“Quando chove, é certeza que a situação ficará dessa forma. A água não tem por onde escorrer. Às vezes a rua enche tanto que a água invade as casas. No entanto, existem situações semelhantes ou piores em toda capital, infelizmente nossas autoridades não têm ligado muito para isso”, informou o comerciante Lucas Salles.
Para a dona de casa Ivete Rodrigues, moradora do bairro há mais de três décadas, a população tem culpa com relação ao entupimento dos bueiros.
“Eu acredito que os moradores deveriam ter um pouco mais de consciência. O município deixa a desejar, é claro, no entanto ao saber disso, deveríamos ter consciência para não permitir que as coisas cheguem a esse ponto. A maioria das pessoas joga plásticos, lixos e deixa entulhos de galhadas nas ruas, tudo isso faz entupir os bueiros. Se cada um fizesse sua parte, as coisas não ficariam dessa forma”, comentou.
OUTRO LADO – A equipe da Folha entrou em contato com a Prefeitura de Boa Vista, porém até o fechamento desta matéria não obteve resposta. (K.M)