Comer muito tarde ou não fazer a digestão aumenta risco de câncer

Pesquisa é realizada pelo Instituto de Saúde de Barcelona

A pesquisa aponta que se alimentar tarde demais ou ir dormir sem antes fazer a digestão adequada aumenta o risco de câncer de próstata e de mama (Foto: Raisa Carvalho)
A pesquisa aponta que se alimentar tarde demais ou ir dormir sem antes fazer a digestão adequada aumenta o risco de câncer de próstata e de mama (Foto: Raisa Carvalho)

O horário em que as pessoas se alimentam está relacionado com as chances de desenvolvimento de câncer, segundo estudo realizado pelo Instituto de Saúde de Barcelona. A pesquisa aponta que se alimentar tarde demais ou ir dormir sem antes fazer a digestão adequada aumenta o risco de câncer de próstata e de mama.
O levantamento divulgado recentemente por pesquisadores de Barcelona, no Jornal Internacional do Câncer, foi feito com 1.025 mulheres com câncer de mama, 621 homens com câncer de próstata e 1.493 pessoas sem a doença. Os entrevistados responderam questionários sobre horário biológico, padrões de alimentação, dietas, comportamentos, tipo de trabalho, hábitos de sono e práticas de prevenção ao câncer.

Veja o que a pesquisa apontou

Segundo a pesquisa, as pessoas que jantavam depois das 22h e iam deitar imediatamente tinham risco 20% maior de ter câncer de mama ou de próstata comparado com aquelas que
jantaram antes das 21h da noite ou que esperavam duas horas antes de jantar para poder ir dormir.
Ou seja, os pesquisadores apontam que um hábito mais saudável é jantar mais cedo e, caso não seja possível por algum motivo pessoal ou profissional, aguardar pelo menos duas horas para a digestão adequada dos alimentos consumidos, antes de dormir.

Aumento do risco
A compreensão é que o motivo do aumento do risco de câncer de mama e de próstata é por conta da redução do metabolismo durante o sono, que realmente demora mais a digerir alimentos do que se a pessoa estivesse acordada.Os pesquisadores reforçaram ainda que muitos estudos têm sido feitos sobre o impacto dos alimentos em si e o câncer, como a ligação de carnes ultraprocessadas e o desenvolvimento da doença. No entanto, o entendimento do estudo é que também é preciso compreender outros fatores além da alimentação, como as refeições e as atividades que são realizadas antes e depois de cada digestão.