CONTEÚDO PATROCINADO

Atendimento especializado do Teamarr muda a vida de garoto de 10 anos

Centro de Acolhimento ao Autista, da ALE-RR, atende crianças e adolescentes diagnosticados com TEA, realiza terapias e faz encaminhamentos e capacitação para familiares e profissionais da saúde.

Davi disse que gosta das terapias no Teamarr (Foto: Nonato Sousa/ SupCom ALE-RR)
Davi disse que gosta das terapias no Teamarr (Foto: Nonato Sousa/ SupCom ALE-RR)

Com dez anos de idade, Davi gosta de educação física e adora a disciplina de matemática. Ele fala que fazer os cálculos mantém a mente dele sempre ativa. Desde os primeiros meses de vida, o menino já apresentava sinais que indicavam uma condição atípica do neurodesenvolvimento, o que se confirmou anos depois com um psiquiatra. Atualmente, a criança com laudo para Transtorno do Espectro Autista (TEA) é atendida pelo Centro de Acolhimento ao Autista (Teamarr), da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR).

“Desde as primeiras consultas, venho me acostumando cada dia mais com o ambiente, com a psicóloga… No meu primeiro dia, eu estava um pouco nervoso, porque nunca tinha visitado o lugar e achava que não ia ser legal. Mas quando fui bem recebido logo na recepção, eu já percebi que, no lugar onde eu estava, meu atendimento ia ser muito bom. O que mais gosto daqui é da educação física, porque gosto de movimentar meu corpo, e meu esporte favorito é o futebol. E a segunda coisa que me agrada muito é a psicologia”, relata Davi.

Meyry e o filho Davi após atendimento no Centro de Acolhimento ao Autista (Foto: Nonato Sousa/ SupCom ALE-RR)

A mãe da criança, Meyry Evangelista, de 49 anos, lembra que foi um longo caminho até conseguir fechar o laudo do filho. Na infância, ele não engatinhou, deixou de mamar aos quatro meses, não firmava a cabeça, pulava demais, dormia pouco, tinha restrição alimentar e chorava com muita frequência. De acordo com a mãe, aos oito anos de idade, esses comportamentos ficaram ainda mais nítidos. Foi quando decidiu buscar ajuda de um psicólogo e os diagnósticos não eram precisos.

“Me falaram que ele era muito inteligente, que tinha de fazer exercícios. Eu o levei para praticar atividades físicas, mas nada disso adiantou. Procurei um psiquiatra, que o diagnosticou como superdotado. Até que um dia, percebi que ele se machucava demais e não estava normal. Descartei essa psiquiatra e fui pagar, e aí fizeram testes durante semanas e fecharam o laudo. Dessa forma, descobri que ele era autista”, lembrou Meyry.

Chegada ao Centro de Acolhimento

Segundo a mãe, Davi se encantou com o espaço proporcionado pelo Teamarr (Foto: Eduardo Andrade/ SupCom ALE-RR)

Davi faz parte de centenas de crianças acolhidas pelo Teamarr, vinculado ao Programa de Atendimento Comunitário da Assembleia Legislativa, que tem a deputada Angela Águida Portella (Progressistas) como presidente. Após iniciar os atendimentos, a criança expressou o desejo de retornar para as terapias, algo que, conforme a mãe, foi surpreendente, tendo em vista que em situações anteriores ele apresentava resistência.

“Quando ele entrou nesse lugar, se encantou. Não fazia nada, mas achou encantador, se identificou, e me disse: ‘Mãe, eu quero ser atendido aqui, quero ficar aqui, porque gostei’. São pessoas maravilhosas, acho espetacular esse lugar. O fato de Davi querer voltar para a terapia é essencial, pois já tive testes em outros lugares em que chorava um dia antes de ir. E aqui é totalmente diferente, ele disse que ama o que faz com as ‘tias’. Eu me sinto maravilhada, sinto que é um privilégio, meu coração fica aliviado”, complementou Meyry.

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Soldado Sampaio (Republicanos), disse que os relatos das famílias refletem a busca constante do parlamento por políticas públicas de inclusão, como a criação e regulamentação do Programa de Atendimento Comunitário, onde o Teamarr está inserido, além da aprovação de leis beneficiem esse público. Ele reforçou que a Casa sempre estará de portas abertas para discutir como aperfeiçoar o trabalho já desenvolvido.

Presidente do Legislativo, Soldado Sampaio (Foto: Eduardo Andrade/ SupCom ALE-RR)

“Nós, enquanto Legislativo, também cuidamos das pessoas através dos nossos programas sociais. São milhares de crianças e adolescentes atendidos pelo Teamarr e outras iniciativas que permitem que eles sejam acolhidos e tratados com todo o cuidado e carinho que merecem. Estou muito feliz com esses resultados, e quero dizer que a Assembleia Legislativa vai sempre tratar com respeito e responsabilidade as pautas sobre inclusão social”, enalteceu Soldado Sampaio.

Trabalho intensificado

Teamarr intensificou atuação nos últimos meses (Foto:Marley Lima/ SupCom ALE-RR)

Nos últimos meses, o Centro de Acolhimento ao Autista intensificou as atuações, tanto na capital quanto no interior. Foram diversas capacitações voltadas para o transtorno, emissão da carteira de identidade do autista, em parceria com outras instituições. Além disso, o Teamarr promoveu rodas de conversa e um concurso de redação com a temática sobre os desafios dos autistas na sociedade brasileira. Foram quase 600 inscrições de 70 escolas, entre públicas e privadas, de 14 municípios do Estado.

A deputada Angela Águida Portella comenta que o Teamarr foi pensado a partir da ideia do acolhimento e do fortalecimento da política de inclusão. A parlamentar acrescenta que o trabalho desenvolvido junto às famílias é uma forma de mostrar que elas não estão sozinhas e que podem contar com o poder público para integralizar cada vez mais a rede de apoio entre pais e instituições.

Deputada Angela Águida Portella, idealizadora do Teamarr (Foto: Eduardo Andrade/ SupCom ALE-RR)

“O Teamarr tem entregado esse resultado de excelência, tem acolhido e mostrado para as pessoas que é possível, a partir do poder público, fazer esse trabalho de inclusão com outras instituições, e incluindo as famílias. Estou muito feliz com o que temos oferecido. São cursos, capacitações e atendimento multiprofissional, dando terapia e condições para que os pais saibam abordar no dia a dia. Estamos iniciando uma oficina de comunicação alternativa, porque muitos autistas são não verbais. Então é um aprendizado diário com as famílias”, detalhou.

Atendimento

Teamarr atende crianças e adolescentes diagnosticados com TEA (Foto: Jader Souza/ SupCom ALE-RR)

O Centro de Acolhimento ao Autista atende crianças e adolescentes diagnosticados com TEA, realiza terapias e faz encaminhamentos e capacitação para familiares e profissionais da saúde. Os atendimentos valem tanto para quem já tem laudo ou para aqueles que estão em busca de fechar um diagnóstico.

Prédio do Teamarr fica no bairro São Francisco (Foto: Eduardo Andrade/ SupCom ALE-RR)

Quem tiver interesse pelos serviços gratuitos do programa, pode procurar a nova sede do Teamarr, localizada na Avenida Santos Dumont, nº 1193, bairro São Francisco, zona Norte de Boa Vista. O horário de funcionamento é das 8h às 18h, de segunda a sexta-feira.