Do outro lado da cidade, no bairro Operário, os moradores também reclamam da falta de infraestrutura da área. Os principais problemas enfrentados pelos residentes do local são os buracos, a lama e o mato.
A administradora Lucilene de Oliveira é proprietária da construção de uma organização não governamental (ONG) na via e diz se sentir prejudicada.
“Quando chove, como aconteceu nesta semana, formam-se vários poções d’água. Acontece que há um lago próximo à rua e toda vez que chove a água transborda e toma conta do bairro. Fizemos um abaixo-assinado solicitando que a Femarh [Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos] fosse analisar a área antes do período chuvoso, no entanto nada foi feito e aconteceu o que estávamos prevendo”, disse.
De acordo com a administradora, os moradores da via têm sérios prejuízos, principalmente com seus veículos. “Os carros que arriscam passar ficam atolados. Não tem como passar na rua, temos que mudar de percurso para chegar ao local desejado. O problema é que o bairro todo está nessa situação, várias ruas são marcadas pela presença de crateras grandes e profundas”, afirmou Lucilene.
A aposentada Maria Fabrício, de 83 anos, é proprietária de uma chácara no local há quase duas décadas e afirma que a situação sempre foi a mesma. “Já fomos atrás de posicionamento de alguns órgãos públicos, no entanto nada foi feito. Todos os dias carros ficam atolados ao passar pela rua, não possuímos asfalto, apesar de o bairro ter mais de 20 anos”, relatou Maria.
“O problema maior não é a falta de pavimentação asfáltica, queríamos que resolvessem pelo menos a situação dos buracos, que são enormes e prejudicam todos os moradores. Ficamos praticamente sem ter como sair de casa, pois carro pequeno, inclusive caminhões já ficaram atolados por aqui”, acrescentou.
A equipe de reportagem da Folha esteve no local e viu de perto o drama vivenciado por moradores daquela área. Os buracos são profundos e ficam cobertos com água da chuva, há matos que tomam conta das laterais das vias e, além disso, há presença de lama por quase todo o bairro. De acordo com residentes, ao procurar respostas da Prefeitura, há duas semanas, foram informados de que o município iria disponibilizar uma equipe para avaliar a possibilidade de asfaltamento do bairro.
FEMARH – A Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos informou que não recebeu nenhum documento de moradores do Operário, com relação ao lago citado na reportagem. Informou ainda que arruamento e drenagem é responsabilidade da Prefeitura de Boa Vista.
PREFEITURA – A equipe de reportagem da Folha entrou em contato com a Prefeitura de Boa Vista, no entanto, não obteve respostas até o fechamento dessa matéria. (K.M)