O Governo de Roraima decretou estado de emergência na pecuária e lançou medidas para combate da praga da lagarta. O decreto foi assinado nesta quinta-feira (20), no Palácio Senador Hélio Campos. Ainda ontem (19), a FolhaBV acompanhou o problema que preocupa os pequenos produtores da região Centro-Norte do estado
A crise da praga da lagarta no pasto, segundo dados do Iater (Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural), divulgados na ocasião, desencadeou a morte de mais de 6 mil cabeças de gado de pequenos produtores nos municípios de Mucajaí e Iracema. Ainda conforme o levantamento, as mortes são referentes ao diagnóstico em 698 propriedades na Vila Samaúma, Apiaú e Campos Novos, que totalizaram cerca de 50 mil hectares de pasto atingido.
Ao assinar o decreto, Antônio Denarium, governador de Roraima, detalhou que o programa emergencial vai disponibilizar máquinas de outras regiões para auxiliar no plantio do pasto, herbicida para matar a praga e uma linha de crédito, que será disponibilizada pelo DesenvolveRR.
No governo do Estado, nós estamos na fase final de conclusão do plantio de milho da agricultura familiar e familiar antiga. Estamos plantando 3.687 hectares com maquinários, tratores e implementos do governo do Estado. E nós já disponibilizamos parte desse equipamento nas áreas que já terminaram o plantio para fazer a recuperação de pastagem. Também, pulverizadores para a compra de herbicida para fazer a recuperação.
disse Denarium
Linha de crédito
Para ter acesso à linha de crédito, o pequeno produtor deve procurar o Iater para emissão do diagnóstico, ter o rebanho registrado na Agência de Defesa Agropecuária (Aderr) e encaminhar o documento ao DesenvolveRR, que fará a liberação do dinheiro. Após isso, o pecuarista pode ir à loja de preferência, fazer a compra necessária e apresentar as notas ao programa.
O financiamento, que pode ter subvenção no Estado até 90%, ele é, para agricultura familiar, até cinco hectares, sendo o valor em torno de R$ 1.550 por hectare. Então cada produtor deixa de chegar aí em R$ 1.750 por hectare. É o valor suficiente hoje para comprar o adubo, para comprar a semente.
explicou o governador.