Setembro é o mês de conscientização e valorização da vida, e com isso busca dialogar com a sociedade sobre a prevenção ao suicídio. Para abordar o assunto que ainda é tabu entre a maioria das pessoas, a Defensoria Pública do Estado (DPE) preparou atividades que ocorrerão no setembro amarelo.
Para lembrar do Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, nesta segunda-feira, 10, servidores e defensores estarão no Terminal de Ônibus José Campanha Wanderley, no Centro, com uma blitz educativa, das 7h às 10h.
Além da distribuição de material impresso da campanha, haverá assistentes sociais e psicólogos da Defensoria disponíveis para dialogar sobre a prevenção ao suicídio e escutar os visitantes. Também terá um espaço reservado para as pessoas escreverem momentos felizes da vida nos papeis. A atividade formará um molde do laço da campanha. O mesmo molde será disponibilizado na sede cível da DPE, para que os assistidos possam também compartilhar os momentos felizes.
A campanha se justifica pelas espantosas estatísticas apuradas no Brasil pelo CVV (Centro de Valorização da Vida) e pela OMS (Organização Mundial de Saúde). Ambas, afirmam que o suicídio é considerado um problema de saúde pública e mata 1 brasileiro a cada 45 minutos e 1 pessoa a cada 45 segundos em todo o mundo. Pelos números oficiais, são 32 brasileiros mortos por dia, taxa superior às vítimas da AIDS e da maioria dos tipos de câncer.
Para a defensora pública Elceni Diogo, a Defensoria tem papel também social e não somente judicial. “Buscamos a garantia e a promoção da vida, pois com políticas públicas adequadas é possível prevenir o número de pessoas que tiram suas vidas, muitas vezes, por depressão”, ressaltou.
De acordo com o psicólogo Ed Luiz Chaves, o assunto ainda é um tabu que deve ser quebrado. “Estaremos durante a manhã no terminal para falar sobre a prevenção ao suicídio e tirando dúvidas, pois ter informação é uma das formas de mostrar que viver é a melhor opção”, esclareceu.
AJUDA – O Centro de Valorização da Vida (CVV) realiza apoio emocional e prevenção ao suicídio às pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo. São mais de 2 milhões de atendimentos anuais, e as pessoas podem contatar pelo número 188 ou www.cvv.org.br