A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) pretende entregar, ainda este ano, o Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) da Usina Hidrelétrica do Bem Querer, localizada no rio Branco, em Roraima. Com a autorização do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), a empresa pode obter a Licença Prévia para realizar o projeto energético de 650 MHW.
A informação foi divulgada pela EPE durante apresentação da agenda de trabalho da instituição no último dia 10 de junho. Na ocasião, o diretor de estudos econômicos-energéticos e ambientais da EPE, Thiago Ivanoski, disse que pretende “dar um gás” no projeto e previu que este pode ir a leilão nos próximos três anos.
Os estudos foram suspensos nos últimos anos pelo empreendimento estar na área de influência indireta de 11 etnias indígenas.
Bem Querer é estratégica, aponta EPE
Bem Querer é considerada estratégica pela EPE por dois aspectos: o primeiro, pela contribuição decisiva que dará ao abastecimento elétrico de Roraima com energia limpa, já que é o único estado fora do Sistema de Interligação Nacional. O segundo é que o regime hidrológico da bacia do rio Branco, afluente da margem esquerda do Amazonas, é inverso ao do restante de praticamente todas as bacias localizadas abaixo da margem direita do maior rio do mundo em volume.
Ou seja, durante o período seco em quase todo o país, Bem Querer dará contribuição expressiva ao equilíbrio do SIN por intermédio do linhão Manaus-Boa Vista que, segundo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, já está pronto para ser inaugurado.
*Com informações do Brasil Energia