Em um movimento que abalou a política venezuelana, dez prefeitos foram inabilitados por 15 anos após demonstrarem apoio ao candidato da oposição, Edmundo González Urrutia. A ação, demandada pela Controladoria Geral da República e implementada de maneira imediata pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), ocorre em um momento crítico, pouco antes das eleições presidenciais marcadas para 28 de julho.
Quem foram os prefeitos afetados?
Os prefeitos afetados incluem Heriberto Tapia, José Carrillo, Dilcia Rojas, Keiver Peña, Servando Godoy, Wilmer Delgado, Yohanthi Domínguez e Francisco Aguilar. Além deles, Iraima Vásquez e José María Fermín, da ilha de Margarita, em Nova Esparta, também foram vetados. Todos são filiados a partidos de oposição ao governo chavista.
A decisão de inabilitação ocorreu quase imediatamente após esses prefeitos declararem seu apoio a Edmundo González Urrutia, o candidato de consenso da oposição. Esta ação é vista como uma tentativa de enfraquecer a oposição, que enfrenta um cenário eleitoral já marcado por tensões e desconfianças.
Acordo de reconhecimento de resultados
González Urrutia, apesar da pressão, optou por não se juntar a Maduro e outros candidatos da oposição que compareceram nesta quinta-feira ao CNE para assinar o acordo de “Reconhecimento de Resultados” das eleições. Este acordo tem como objetivo garantir a legitimidade e a aceitação dos resultados eleitorais, independentemente de quem vença. A recusa de González Urrutia em assinar o acordo é vista como um sinal de sua desconfiança no processo eleitoral.
Mesmo assim, González Urrutia permanece como o único candidato da oposição com chances reais de vencer o atual presidente Nicolás Maduro. Seu apoio popular e a recente onda de inabilitações de políticos opositores destacam a turbulência e a complexidade do cenário político venezuelano às vésperas das eleições.
Política na Venezuela
A inabilitação dos prefeitos levanta sérias questões sobre a imparcialidade das instituições venezuelanas e a equidade do processo eleitoral. Observadores internacionais e defensores dos direitos humanos têm manifestado preocupação com estas ações, vendo-as como uma tentativa de silenciar e desarticular a oposição.
Com a aproximação das eleições, a situação na Venezuela continua a evoluir rapidamente, com o potencial de impactar significativamente o futuro político do país. A comunidade internacional observa de perto, enquanto os venezuelanos enfrentam um momento crucial em sua história política.