Respirar apenas pela boca é algo comum, principalmente em crianças, e muitas vezes não recebem devida atenção dos pais. De acordo com a fonoaudióloga Evania Costa, a respiração bucal pode acarretar em problemas de saúde, quando presente na fase de crescimento e desenvolvimento da criança, pode interferir na fala e aprendizado infantil.
Segundo a fonoaudióloga, após diagnosticada a respiração bucal, as causas podem ser diversas, é indispensável que se façam investigações sobre o desenvolvimento emocional e escolar das crianças.
“Crianças com respiração nasal melhoram sua postura com o crescimento, enquanto que crianças com respiração bucal mantêm um padrão corporal desorganizado, semelhante ao de crianças mais novas, muitas vezes o hábito de se respirar pela bocas só exista por um costume” explicou.
Segundo a especialista, em sala de aula, pacientes respiradores bucais podem ter dificuldade no processo de aprendizagem.
“Em primeiro lugar estão as alterações do sono. O respirador bucal não dorme bem, tem sono leve, entrecortado e consequentemente agitado. Frequentemente se associam roncos e apnéia do sono. Logo esses sintomas podem influenciar o desempenho da criança em sala de aula, que fica sonolenta e mais dispersa” explica.
A respiração bucal também pode comprometer a oxigenação do cérebro, o que pode levar o comprometimento da memória e do humor do paciente
“Todas essas alterações podem interferir no comportamento do respirador bucal e contribuir para a diminuição de sua autoestima, tornando-o arredio, desconfiado e solitário. Além disso, respirar pela boca pode causar problemas de fala devido as alterações funcionais dos grupos musculares responsáveis por essas funções” ressalta a médica.