A procura pela cirurgia bariátrica vem ganhando cada vez mais espaço, com o aumento do número de pessoas que sofrem com a obesidade. Esta condição pode trazer sérios riscos, tanto à saúde física quanto emocional dos indivíduos, diante disso, muitas pessoas que lutam diariamente com essa condição estão buscando a realização da cirurgia bariátrica.
A obesidade influencia no desenvolvimento de diversas doenças como, diabetes, pressão alta, doenças cardiovasculares, logo, a cirurgia bariátrica, além de cuidar da obesidade, previne e auxilia no tratamento das doenças que são desenvolvidas a partir da mesma.
O pré e pós-operatório é um processo extenso e que exige bastante cuidado e acompanhamento de profissionais em diversas áreas como, psicólogos, nutricionistas e fisioterapeutas.
O médico cirurgião Gláucio Carneiro, explica como funciona o processo e faz esclarecimentos sobre perguntas frequentes sobre a cirurgia bariátrica.
Após a cirurgia, a pessoa poderá comer de tudo que não irá engordar?
Dr. Gláucio: “O paciente pode sim ter reganho de peso, de acordo com estudos médicos existe uma taxa de 15% a 20% de pacientes que não engordam novamente. Principais motivos para engordar novamente é quando o paciente não muda os hábitos após a cirurgia, não faz exercícios, não faz dieta, então tudo isso reflete de como o paciente leva em consideração o pós-operatório.”
Os níveis de obesidade variam para quem precisa fazer a cirurgia?
Dr. Gláucio: “A obesidade tem 3 níveis, hoje em dia, nós calculamos a obesidade de acordo com o Índice de Massa Corporal (IMC), que é feito de acordo com o peso e altura do paciente, a partir desse cálculo a gente classifica se a obesidade é grau 1,2 ou 3, estamos operando a partir do grau 2, já o grau 1 é apenas em casos mais específicos.”
Os riscos de fazer bariátrica são maiores do que as demais cirurgias?
Dr. Gláucio: “Como a cirurgia é relativamente nova, tendo uns 30 anos se comparando a outras cirurgias, a bariátrica é uma das cirurgias mais seguras que existem, porque o paciente é muito bem visto por uma variedade de profissionais, então se a gente for classificar o risco, a probabilidade de uma pessoa que faz bariátrica morrer é a mesma de alguém que faz uma cirurgia no joelho por exemplo, as chances de ter complicações são muito baixas.”
Pessoas que realizam a cirurgia, tendem a ter comportamentos compulsivos, como vícios?
Dr. Gláucio: “A grande maioria dos pacientes obesos são ansiosos, alguns com compulsão alimentar, ou seja, para melhorar a ansiedade esse paciente vai comer, o paciente que não faz o tratamento e controle adequado ele vai continuar com o transtorno alimentar, só que não irá ser da mesma forma pois o estômago vai estar reduzido, diante isso o paciente terá compulsão por outras coisas, então não é a cirurgia que faz com que o paciente tenha estes comportamentos e sim a ansiedade, por isso é necessário fazer todo o acompanhamento psicológico e nutricional antes e depois da cirurgia.”
