Cotidiano

Litro da gasolina deve subir R$ 0,10

Até o momento, o preço do litro da gasolina comum na Capital varia entre R$ 4,35 e R$ 4,57; Em postos de São Paulo, o preço já ultrapassa os R$ 5

Nesta semana, a Petrobras anunciou um novo aumento no preço da gasolina em refinarias de 1,01%. Essa mudança chegou às refinarias ontem, 13, e deve refletir nos postos de gasolina de Boa Vista nos próximos dias.

A estimativa, segundo o Sindicato dos Postos de Combustível do estado de Roraima (Sindipostos-RR), é de que esse aumento seja de pelo menos R$ 0,10. Até o momento, o preço do litro da gasolina comum na Capital vem flutuando entre R$ 4,35 e R$ 4,57. Em postos de São Paulo, o preço já ultrapassa os R$ 5,00.

De acordo com a Associação Nacional do Petróleo (ANP), esses reajustes são motivados em razão da subtração do subsídio do Governo Federal no Óleo Diesel, feito como forma de atender demanda da greve dos caminhoneiros, realizada em meados de maio, e do aumento dos preços internacionais do barril de petróleo e das taxas de câmbio no último mês.

Sobre isso, o Sindicato dos Postos de Combustível do estado de Roraima destacou que não possui qualquer atribuição ou gestão no valor dos produtos dos postos de combustíveis em Roraima e que estaria sendo tão prejudicado quanto os consumidores com esses aumentos.

“Lembramos a todos que o mercado de combustíveis é livre e competitivo e que, desde a liberação de preços dos combustíveis pelo Governo Federal, cabe a cada posto revendedor sopesar as consequências de repassar os eventuais aumentos e reduções de preços ao consumidor, conforme suas estruturas de custos, não havendo interferência do Sindipostos-RR no mercado ou na gestão de empresas privadas”, mencionou por nota.

Bruno Kotinski, que é administrador de uma rede de postos da capital, comprova esse prejuízo para a classe. Ele relatou que nenhum local de abastecimento sai ganhando quando o preço do litro de combustível aumenta, uma vez que esses preços espantam clientes em meio à concorrência mercadológica em Boa Vista. 

“Geralmente, quando esses aumentos são decretados, sempre esperamos que as maiores redes da cidade se mobilizem antes de qualquer coisa, por possuírem maior alcance de clientes na Capital. Existem postos que tentam arcar com prejuízo e manter um preço que não seja tão grande, mas dificilmente estes conseguem segurar esses valores por mais de uma semana, por exemplo. No fim das contas, ficamos sufocados até o pescoço, pois existe concorrência forte por aqui e sabemos que esses aumentos nos fazem perder clientes”, explicou.

Para os consumidores, a tendência é cada vez menos usar veículos. Este é o caso do acadêmico Paulo Henrique, que contou estar vendo parentes com menos frequência em meio aos constantes aumentos nos preços de combustíveis.

“Eu moro no São Francisco e minha tia no Alvorada. Eu costumava visitá-la todos os fins de semana. Mas agora, quanto mais caro a gasolina, menos vou para lá. Eu vou uma vez ao mês, e olhe lá. Eu sinto esse aumento no bolso e tento usar carro o mínimo possível”, afirmou.

Já o vendedor de carros Rodrigo da Silva destacou que, em viagens para o interior, acredita que está mais em conta pagar por passagem de ônibus do que pelo combustível necessário em um carro.

“Se na Capital está caro, no interior provavelmente está mais. Sempre é assim. Eu venho evitando ir para cidades do interior, não tenho mais condições. Hoje em dia, prefiro pegar um ônibus ou táxi, pois com essa gasolina está sem condições”, mencionou. (P.B)