Um novo boato recente nas redes sociais é de que o medicamento ivermectina seria eficaz contra a dengue. No entanto, segundo o Ministério da Saúde, não há dados científicos que comprovem esta informação.
A ivermectina atua especialmente como um remédio antiparasitário, ligado ao tratamento contra sarna e infecção por verme. Mas, segundo o MS declarou em nota oficial junto ao portal Agência Brasil, o medicamento não é eficaz em diminuir a carga viral da dengue.
“O Ministério da Saúde não reconhece qualquer protocolo que inclua o remédio para o tratamento da doença. Disseminação de fake news (informações incorretas), principalmente quando se trata de um cenário epidemiológico que pede atenção, é extremamente perigoso”, diz trecho da nota.
O remédio chegou a ser defendido como uma forma de tratamento contra a covid-19 na pandemia, mas o Ministério da Saúde reforçou que estudos demonstraram que não houve eficácia do medicamento no tratamento da doença.
Orientação do MS
A orientação da Saúde para quem estiver apresentando sintomas iniciais da dengue é procurar um profissional da saúde, que irá identificar os sinais da doença, sendo necessário em alguns casos solicitar exames de laboratório.
Nos casos mais leves, a forma de tratamento é repouso, hidratação e administração de dipirona ou paracetamol em caso de dor ou febre. Nos casos mais graves, com dor abdominal e vômito, o protocolo é de internação dos pacientes. A pasta reforçou que o protocolo adotado segue bases científicas e tem aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Medicamento também não deve ser usado por pacientes com câncer, alerta MS
Outro rumor é de que o medicamento ivermectina também poderia prover a cura do câncer. Um vídeo compartilhado por uma suposta médica, em inglês, também ganhou força nas redes sociais. No entanto, segundo o MS, é mais uma desinformação.
Na página do Ministério da Saúde, o MS reforça em nota que não existe nenhuma evidência científica que comprove que o medicamento é eficaz no tratamento de câncer, como afirma o Instituto Nacional de Câncer (INCA).
Ainda, que não há nenhuma recomendação do National Institutes of Health (NIH), pólo de pesquisa em saúde dos Estados Unidos, que oriente o uso do medicamento para tratamento da doença. A orientação permanece em procurar um profissional da saúde especializado e seguir as suas orientações.