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Mais de oito mil alunos participam de palestras do Chame sobre violência contra mulher

Até o momento, 44 escolas estaduais receberam equipes da Secretaria Especial da Mulher, da Assembleia Legislativa de Roraima

Alunos da rede estadual — Eduardo Andrade/ SupCom ALE-RR
Alunos da rede estadual — Eduardo Andrade/ SupCom ALE-RR

“Eu aprendi que devemos defender as mulheres e não bater nelas. Caso a gente presencie ou tenha conhecimento de algum relacionamento abusivo, seja na família, entre amigos, conhecidos ou vizinhos, tem que ligar para a delegacia ou para o Chame [Centro Humanitário de Apoio à Mulher] e denunciar ou fazer um boletim de ocorrência. É muito importante abordar esse tema dentro das escolas”.

Mais de 8,1 mil estudantes passaram pelas palestras orientativasFoto: Eduardo Andrade/ SupCom ALE-RR

O relato acima é do estudante Gustavo Gomes, de 17 anos, do 1º ano do ensino médio do Colégio Estadual Militarizado Wanda David Aguiar, localizado na zona Oeste de Boa Vista. Ele é um dos mais de 8,1 mil alunos de escolas estaduais de Roraima que participaram das palestras orientativas e informativas do Chame, vinculado à Secretaria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR).

Até o momento, 44 escolas estaduais receberam as equipes multidisciplinares. O intuito da ida às unidades de ensino é alertar sobre o cenário de violência contra a mulher e impedir que o ciclo de agressões ocorra entre os jovens. Durante as palestras, são abordados os tipos de violência, as sequelas na vida da mulher, como denunciar e os programas permanentes do Poder Legislativo em defesa do público feminino.

Presidente da Assembleia Legislativa, deputado Soldado SampaioFoto: Nonato Sousa/ SupCom ALE-RR

“O trabalho do Chame mostra que muitos adultos têm comportamento agressivo porque estavam dentro de um ambiente familiar de mesmo teor. Por isso, ao levar conhecimento para as escolas, a Assembleia Legislativa reforça a rede de combate à violência doméstica, ensinando esses jovens sobre um relacionamento saudável, baseado no respeito mútuo. O que esperamos é que essa informação chegue até as casas dos alunos e seja compartilhada com os pais, irmãos, tios e avós”, declarou o presidente do Legislativo, deputado Soldado Sampaio (Republicanos).

Por que as escolas?

Alunos recebem panfletos durante palestrasEduardo Andrade/ SupCom ALE-RR

É na fase da adolescência que os jovens começam a ter os primeiros relacionamentos. Por isso, a Secretaria Especial da Mulher entende que é necessário compartilhar informações nas unidades de ensino para evitar comportamentos abusivos. Às vezes, é no namoro que aparecem sinais que são ignorados pelas mulheres, como querer controlar atividades do dia a dia, ciúmes excessivos e puxões de cabelo.

Melissa Togado é estudante do ensino médioFoto: Jader Souza/ SupCom ALE-RR

“Esse tipo de evento é bom para os adolescentes porque os ajudará a terem uma mente mais aberta e até a chegarem em alguém e falar o que é preciso fazer, caso esteja acontecendo alguma coisa dentro de casa, seja com a mãe, com a avó ou qualquer outra pessoa. É também uma forma de prevenção”, destacou a aluna Melissa Togado, de 17 anos, da Escola Estadual Ana Libória.

As palestras fazem parte de uma série de ações já desenvolvidas pela Secretaria, como atendimentos psicológicos, jurídicos, assistência social e grupo terapêutico. Durante os encontros com os estudantes, são entregues panfletos com informações valiosas, como número do ZapChame (95) 98402-0502, que funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana, incluindo feriados. Até junho de 2024, foram mais de 150 atendimentos por meio do WhatsApp e quase 100 mulheres acolhidas pelos serviços da secretaria.

Secretária Especial da Mulher, deputada Joilma Teodora — Foto: Marley Lima/ SupCom ALE-RR

“Entendemos que a educação é também uma ferramenta primordial para combater a violência doméstica e familiar. As nossas equipes estão presentes de diferentes formas na sociedade para mudar esse cenário que é assustador para nós, mulheres. A Secretaria Especial da Mulher é um reforço de todo o trabalho que o parlamento tem feito em prol das mulheres por meio de leis importantes, atuando diretamente com as vítimas”, enfatizou a secretária Especial da Mulher, deputada Joilma Teodora (Podemos). 

Palestras abordam ciclo de violência contra mulheres — Foto: Jader Souza/ SupCom ALE-RR

Durante a palestra, é exibido um vídeo em que uma mulher, depois de ser agredida pelo marido, acaba morrendo, o que retrata a realidade de muitas mulheres em Roraima. A equipe também explica a criação da Lei Maria da Penha e a ferramenta violentômetro, caracterizada pelas cores amarelo, laranja e vermelho, isto é, que medem o grau de agressão sofrido pela mulher.

Glauci Gembro está à frente da diretoria da Secretaria Especial da Mulher — Foto: Alfredo Maia/ SupCom ALE-RR

“O projeto de palestras sobre violência doméstica e familiar tem o intuito informativo, pois visamos repassar as informações como prevenção para quem está começando a fase de relacionamento, e os mais novos para terem a percepção dos sinais vermelhos dentro do próprio lar. Estamos na luta para levar isso ao maior número de escolas possível, porque a violência não tem classe social, credo ou raça, sendo abrangente em todos os níveis da sociedade”, frisou a diretora da Secretaria Especial da Mulher, Glauci Gembro.

Onde buscar ajuda?

A Secretaria Especial da Mulher tem como objetivo promover a igualdade de gênero e o empoderamento de vítimas de violência doméstica e familiar. Uma das suas missões é incentivar mulheres a romperem ciclos de violência e outras violações de direitos, oferecendo atendimento multidisciplinar.

Para ter acesso ao atendimento presencial em Boa Vista, dirija-se à Avenida Santos Dumont, nº 1470, bairro Aparecida, de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, sem intervalo para o almoço. Já em Rorainópolis, o núcleo da secretaria funciona na Rua Senador Hélio Campos, sem número, BR-174.