Uiramutã tem a pior qualidade de vida do país, aponta índice

Quanto a indicadores, o município também ficou em último, das mais de 5.500 cidades brasileiras, em moradia e acesso à informação/comunicação

O Uiramutã abriga grandes reservas indígenas, além de um Parque Nacional. Também faz parte da tríplice fronteira com a Guiana e a Venezuela (Foto: Divulgação)
O Uiramutã abriga grandes reservas indígenas, além de um Parque Nacional. Também faz parte da tríplice fronteira com a Guiana e a Venezuela (Foto: Divulgação)

A pior qualidade de vida do Brasil está em Uiramutã, segundo o Índice de Progresso Social (IPS). O município com população mais jovem do Brasil alcançou desempenho de 37,63 em atender as necessidades básicas dos cidadãos em uma escala que vai até 100. O número é menor entre todas as 5.569 cidades brasileiras.

O IPS é uma ferramenta que mede o desempenho social e ambiental de territórios, desenvolvido pela organização Social Progress Imperative, a qual coordena a publicação anual do IPS Global para 170 países desde 2014. O levantamento considera indicadores exclusivamente sociais e ambientais, que totalizam 53, e três dimensões: necessidades humanas básicas, fundamentos do bem-estar e oportunidades.

Uiramutã, criada em 1995, fica a cerca de 280 km da capital de Roraima, Boa Vista, e faz fronteira com a Venezuela. Em cada dimensão o município acalcou os índices de 42,34 (necessidades humanas), 45,05 (bem-estar) e 25,51 (oportunidade).

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Quanto a indicadores, o Uiramutã também ficou em último em moradia (10,47) e acesso à informação/comunicação (12,39). O acesso à educação superior também está entre os IPS mais baixos da cidade (13,47).

“Isso pode ajudar um território a compreender melhor a relação entre o seu progresso socioambiental e o desenvolvimento econômico, já que é possível fazer correlações entre o IPS e indicadores econômicos”, explica o relatório.