Uma miniférias à custa de quem trabalha para pagar impostos neste Estado

Coluna desta terça-feira (9) ainda repercute a preocupação do governador de Roraima com o impeachment na ALE e a cassação no TSE

Bom dia,

O esvaziamento de Boa Vista por conta de mais um dos infernais feriadões decretados pelo populismo que avassala a administração pública de Roraima já podia ser visto deste sexta-feira (4). Quem antecipou o início dele só vai voltar a trabalhar nessa quarta-feira (10) – isso para os mais pontuais. São cinco dias de “descanso”, uma miniférias à custa de quem precisa trabalhar para pagar impostos neste Estado -, e aí não leva em conta aqueles que ficam fazendo conta de trabalhar por internet, pois sequer moram em Roraima. É difícil falar em desenvolvimento num Estado vítima do oportunismo de muitos que fazem dessa terra um acampamento para ganhar dinheiro.

Muitos dirão que os famigerados pontos facultativos não atingem as atividades empresariais, mas apenas o serviço público. Ledo engano. Numa máquina pública inchada em todos os poderes e níveis de governo, o serviço público é, de longe, o maior empregador do Estado, e, nesse caso, haverá quase sempre um parente próximo de um servidor público de folga – marido/mulher; companheiro/companheira; pais/filhos e namorado/namorada – , que arrasta trabalhadores/trabalhadoras da iniciativa privada para os feriadões. Basta uma pesquisa elementar para provar essa realidade.

O custo, portanto, dessa festança é muito maior que parece. Implica em custo adicional para as empresas, em receitas reduzidas pelo esvaziamento da cidade – no último domingo (7), por exemplo, não havia um único restaurante aberto para almoço na parte Leste da Avenida Ville Roy, ponto tradicional utilizado pela classe média boa-vistense – fruto do esvaziamento da cidade. Na segunda-feira, ontem, as lojas e demais estabelecimentos abriram, mas com a frequência de clientes reduzidas. E quem paga essa conta, afinal, como disse Milton Friedman e muitos repetem, “não há almoço de graça”.

Visita

O governador Antonio Denarium (Pprogressistas) visitou ontem a redação da Folha. Cumprimentou os funcionários da empresa e falou sobre o cenário econômico e político do Estado, revelando preocupação com o clima de instabilidade que seus adversários tentam instalar por conta do pedido de impeachment que tramita na ALE-RR e dos três processos de cassação de seu mandato que tramitam no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Denárium diz estar confiante e que vai vencer em todos eles.

Candidatura 1

O governador também disse estar otimista com relação à definição da candidatura do União Brasil, partido que pertence a sua base de apoio à Prefeitura de Boa Vista, que poderá ocorrer ainda esta semana. Embora reconheça a insistência e a legitimidade do deputado federal Antônio Carlos Nicoletti, Denarium acredita e torce para que a definição recaia sobre a deputada estadual Catarina Guerra que, segundo ele, tem mais apoio de lideranças nacionais do União Brasil, de correligionários locais e maiores índices de aceitação eleitorais nas pesquisas de intenção de votos que o grupo manda fazer.

Candidatura 2

A Parabólica perguntou a Nicoletti, que preside a Executiva municipal e estadual do União Brasil, se havia alguma alteração na sua disposição de disputar a Prefeitura da capital. Depois de dizer que está prevendo convocar a Convenção do partido para 5 de agosto – quase no final do prazo fixado pelo TSE -, ele disse: “Por enquanto permaneço firme na pré-campanha” Já é um novo cenário para quem dizia enfaticamente que “pode chover canivete, o candidato é Nicoletti”, alguma coisa mudou.

Aulas

Em longa e polêmica reunião, o Conselho de Pesquisa e Ensino (Cepe) da Universidade Federal de Roraima (UFRR) bateu o martelo: suspendeu o atual Calendário Universitário e marcou para o próximo dia 27 as aulas daquela instituição. Em função disso, cada departamento/coordenação vai se reunir para readequar o calendário de cada atividade como, por exemplo, a reposição das aulas faltantes e de defesa de monografias previstas para o semestre, que agora só termina no começo de setembro.