Roraima registrou crescimento de 182,57% no número de profissionais em atividade no programa Mais Médicos. Em 18 meses, o total saltou de 109 para 308. Do total de médicos e médicas ativas no Estado, 274 são brasileiros (88,9%), 48,38% são mulheres; 146 profissionais têm entre 30 e 39 anos. Há 8 vagas do programa ocupadas por indígenas, enquanto 46,1% são pretos ou pardos e 38,9% são brancos.
Boa Vista registrou um aumento de 175% em relação ao mesmo período analisado. A cidade conta agora com 151 médicos e médicas — recebeu 96 novos profissionais entre janeiro de 2023 e junho de 2024. Em dezembro de 2022, eram 55.
Também são destaques os Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI). Há distritos, como o Yanomami, em Boa Vista (RR), que em dezembro de 2022 contava com oito profissionais do Mais Médicos. Em junho de 2024 são 36 ativos (crescimento de 350%).
Atualmente, 24.894 médicos e médicas atendem em todo o Brasil. São 12.051 profissionais a mais que o registrado em dezembro de 2022.
Programa– Médicos e médicas em atividade se concentram em regiões onde há escassez ou ausência de profissionais de saúde. Novo edital vai contratar mais 3,1 mil profissionais
Quanto ao tipo de equipe onde estão alocados os profissionais do Mais Médicos, 244 integram equipes de Saúde da Família e 93 estão em regiões de médio, alto ou muito alto Índice de Vulnerabilidade da Saúde.
No início de julho, o Ministério da Saúde anunciou um novo edital para a contratação de 3,1 mil profissionais. A seleção traz, de forma inédita, vagas no regime de cotas para pessoas com deficiência e grupos étnico-raciais, como negros, quilombolas e indígenas.
O Mais Médicos integra um conjunto de ações e iniciativas para o fortalecimento da Atenção Primária à Saúde, porta de entrada preferencial do Sistema Único de Saúde (SUS). É neste atendimento que 80% dos problemas de saúde são resolvidos.
O programa existe para enfrentar também desigualdades regionais. Leva médicos a regiões onde há escassez ou ausência de profissionais e investe na qualificação e formação, no intuito de resolver a questão emergencial do atendimento básico, mas também criando condições para continuar a garantir um atendimento qualificado no futuro para aqueles que acessam cotidianamente o SUS.