Cotidiano

Mais de 150 condutores são multados por mês na BR-174

Condutores flagrados pelas lombadas eletrônicas e pardais tentam recorrer pelas multas aplicadas por excesso de velocidade

Pelo menos cinco condutores de veículos multados pelos radares e pardais instalados ao longo da BR-174 estão procurando, diariamente, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) em Roraima para tentar recorrer pelas multas. São aproximadamente 150 condutores por mês que buscam informações no órgão, segundo informou o superintendente Pedro Christ. “Estamos falando das pessoas que procuram o Dnit para obter informações para tentar recorrer, fora os condutores que foram multados e que não procuram o órgão por aceitarem a aplicação da multa e que efetuam o pagamento”, disse.
Quanto às orientações sobre como recorrer a uma possível revisão da multa, Christ informou que os condutores devem entrar no site do Dnit. “No boleto da multa estão essas informações sobre como recorrer e, se o condutor tiver uma justificativa coerente, pode buscar essa revisão acessando o site do Dnit e seguir as orientações. Mas a decisão não é nossa de acolher ou não esse recurso”, frisou.
Ele explicou que a multa é eletrônica, gerada a partir do sistema nacional e que vai direto para o endereço do proprietário do veículo em, no máximo, 45 dias depois de ser flagrado pelos radares. Christ informou que a operação em Roraima começou desde 1º de novembro de 2014 e já no início de janeiro deste ano começou a procura para recorrer pelas multas. “Não temos um número exato de quantos condutores já foram multados, mas foram muitos, até porque as pessoas não se deram conta de que os equipamentos estão funcionando”, disse.   
Para o superintendente, os condutores ainda estão muito mal acostumados ao excesso de velocidade e, ao serem multados, é que se dão conta de que excederam o limite permitido naquele trecho da rodovia. “Há condutor que acredita que o equipamento é que tem que informar a velocidade que ele deve trafegar. Na verdade, o condutor é que deve restringir sua velocidade ao limite estabelecido pelas placas de sinalização colocadas no local antes dos radares”, frisou.
Ele ressaltou que antes dos redutores de velocidade serem implantados, foi feita uma vasta campanha informando à população sobre o início da operação dos equipamentos. “Mas, ao que parece, os condutores não se dão conta de que existe um limite de velocidade para trafegar nas BRs”, frisou.
MULTAS – O superintendente explicou que as multas aplicadas vão de R$ 80,00 até R$ 500,00. “O valor vai depender do excesso de velocidade com a qual o condutor passou pelo trecho naquele momento”, disse.  
As multas são encaminhadas para o Dnit, que processa os casos e encaminha a notificação para o endereço dos usuários pelos Correios. Já os valores das multas, depois de pagas, vão para uma conta específica da União, que reverte os recursos em ações de melhorias de sinalização do trânsito.
DIFERENÇA – O superintendente explicou que se trata de dois sistemas diferentes. Os redutores de velocidades (“pardais”) e as lombadas eletrônicas. “São equipamentos diferentes, mas que ambos medem a velocidade e batem a foto dos veículos. A diferença é que o pardal não vai informar a velocidade, apesar de existir a sinalização na via de quantos quilômetros por hora o motorista deve trafegar naquele momento. Já a lombada eletrônica vai informar, através de um totem, na lateral da pista, a velocidade com a que o condutor a está trafegando no momento em que passa pelo equipamento”, frisou. (R.R)    
         Radares reduziram número de acidentes
O superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) em Roraima, Pedro Christ, afirmou que com a instalação dos radares e pardais ao longo da BR-174, o número de acidentes diminuiu e não foram registrados acidentes com mortes próximos aos locais onde estão os equipamentos eletrônicos.
“Fiz uma consulta à Polícia Rodoviária Federal e, depois das barreiras eletrônicas, não houve mais acidentes com mortes nos locais onde costumeiramente havia, que era próximo ao bairro São Bento, Distrito Industrial e bairro Nova Cidade”, frisou.   
Pelas estatísticas apresentadas pelo Dnit, foram registrados apenas pequenos acidentes, sendo apenas um com bicicleta, dois com objetos fixos e cinco com colisão traseira. “Essas colisões traseiras aconteceram na rotatória do Trevo e próximo ao 7º BIS, mas nenhuma próximo aos radares”, disse.
São nove barreiras eletrônicas e redutores de velocidade, os pardais, que estão instalados nos mais de 900 quilômetros que correspondem ao trecho da BR-174 em território roraimense. Um equipamento está instalado próximo à faixa de pedestres no bairro São Bento, na saída para Manaus (AM), outro próximo ao viaduto do Contorno Oeste e mais um próximo ao Distrito Industrial.   
No trecho sul da rodovia, há radar no Km 211,6, no Município de Rorainópolis; no Km 368,4, no Município de Caracaraí; no Km 448, no Município de Mucajaí; no Km 606,3 do trecho norte da BR-174, na comunidade de Três Corações, no Município de Amajari; e no Km 705, na comunidade de Sorocaima, em Pacaraima, fronteira com a Venezuela. Porém, Christ afirmou que esse radar na comunidade de Sorocaima ainda não está em operação.
“As barreiras estão interligadas ao sistema nacional e os condutores mais apressados estão tendo seus veículos fotografados e as multas enviadas para suas residências”, afirmou.