Com salários atrasados há cerca de dois meses, merendeiras das escolas estaduais passam por dificuldades para conseguir sobreviver e pagar as despesas como aluguel, agua e luz além de dinheiro para comprar comida. Elas denunciaram a Folha de Boa Vista que os salários dos meses de julho e agosto não foram pagos.
Outra reclamação e referente a nota de empenho que custa R$60,00. O documento é necessário para a liberação dos salários, mesmo pagando a taxa, elas ainda não receberam.
Mesmo com os salários atrasados, as merendeiras dizem não planejar uma paralisação por medo de represálias. “Nós não temos direitos que possam nos dar uma garantia de que não iremos ser demitidas. Por isso estamos fazendo uma vaquinha para ir até o trabalho, temos um grupo no WhatsApp, onde nós nos ajudamos e nos organizamos, tínhamos uma colega que estava sem o dinheiro para um pão, então nos juntamos para doar uma cesta básica para a colega” relatou uma merendeira que preferiu não se identificar.
A seletivada conta que os atrasos são recorrentes, no início do ano, as merendeiras ficaram sem receber durante três meses. “Eu estou com o aluguel atrasado, a energia atrasada, tenho um filho e não temos nenhuma previsão de quando esse dinheiro irá ser depositado” relatou.
O OUTRO LADO – A Seed (Secretaria de Educação e Desporto) informa que os servidores credenciados (merendeiras, motoristas, cuidadores e intérpretes de libras) começaram a receber os seus salários no dia 14 de setembro. A Sefaz está liquidando os pagamentos conforme a ordem de chegada das notas de empenho. Ressalta ainda que nenhum servidor credenciado deixará de receber os seus proventos.