A violência no trânsito continua fazendo vítimas em Roraima. A equipe da Folha foi às ruas para saber o que pode ser feito para diminuir os acidentes de trânsito, que deixam pessoas com sequelas e podem até levar à morte?
“É complicado falar sobre a violência no trânsito, porque muita das vezes as pessoas não têm a intenção de causar um acidente, no entanto devido a algumas imprudências isso acontece. As pessoas deveriam se conscientizar mais com relação à forma que conduzem seus veículos. Geralmente as tragédias acontecem devido à falta de responsabilidade dos condutores. Acredito que o problema diminuiria caso o município investisse em conscientização, porque as demais alternativas já foram implantadas, como as leis de trânsito, os limites de velocidade, a maioridade para dirigir, entre outros. Talvez a conscientização fosse a melhor opção”, disse Kristina Millandre, 23 anos, vendedora.
“Vejo que muitos condutores não obedecem às leis de trânsito que já foram implantadas e, com isso, a população vai se sentindo prejudicada cada vez mais. O número de acidentes vem aumentando, por causa da falta de consciência das pessoas. Ainda não tenho idade para dirigir, por isso não conduzo nenhum veículo, por respeito às pessoas. Motoristas imprudentes no trânsito não põem em risco apenas sua vida, mas sim de todos que estão utilizando as ruas. Creio que os condutores deviam obedecer mais às regras implantadas” comentou Samuel Nunes, 16 anos, estudante.
“Acredito que os motoristas deveriam se conscientizar mais. Todos os dias é possível ver pessoas ultrapassando limites de velocidade, ultrapassando o sinal, ingerindo bebidas alcoólicas e pegando no volante, entre outras irregularidades. Vejo que o problema maior dos condutores é a falta de respeito pelas pessoas. Outro problema são as estradas, principalmente as BRs, que estão com buraqueiras enormes, que acabam gerando acidentes. Infelizmente o dinheiro que vem para suprir essa necessidade não é bem implantado. A BR que liga Boa Vista a Venezuela foi reformada a pouco tempo, e já está completamente destruída, porque são serviços de má qualidade”, ressaltou Adailton Macedo, 35 anos, motorista.
“É possível notar o aumento do número de veículos e, com isso, deveria haver mais fiscalização. Geralmente os condutores não têm consciência, o que dirige o carro não respeita o motociclista, quem está numa moto não respeita quem está em uma bicicleta, e o ciclista por sinal não respeita o pedestre. Deveriam trabalhar a questão da educação e da conscientização das pessoas” destacou Beth Félix, 49 anos, autônoma.
“Acredito que não tem muito o que fazer, a educação nesse sentido deveria partir do próprio ser humano. Deveria haver uma autoconscientização, porque quando fazemos as aulas para tirar a habilitação, sabemos como devemos agir no trânsito. O que acontece é que a maioria da população não sabe se comportar dirigindo um veículo, às vezes nem mesmo possui a CNH, e isso tem sido um grande problema. Acredito que o governo e o município deveriam criar uma educação voltada para isso, com o foco principal nas periferias, que muitas das vezes não possuem sinalização, o que torna o trânsito ainda mais propício a acidentes” afirmou David de Lima Campos, 42 anos, representante comercial.
“Acontece que as pessoas são imprudentes no trânsito e não possuem consciência com relação às outras pessoas. Se eu dirijo com alguém no meu veículo, não estou dirigindo apenas para mim, e sim para quem está comigo, assim como também para quem está nas ruas. As pessoas geralmente já saem estressadas de casa e acabam descontando no trânsito. Muitas das vezes topo com pessoas ignorantes que realmente necessitam de uma conscientização voltada para isso”, disse Lucimara Ribeiro, 33 anos, estudante.