SAÚDE

Medo de ficar sem celular pode ser doença: conheça a nomofobia

'Vício' pode ser um problema muito maior: uma doença chamada nomofobia, que consiste no medo irracional de ficar sem o seu smartphone

Dicas de como passar menos tempo online (Foto: Raisa Carvalho)
Dicas de como passar menos tempo online (Foto: Raisa Carvalho)

Se você sente pânico ao esquecer o celular em casa ao sair e sente necessidade de estar constantemente conectado ao aparelho, preste atenção. Esse ‘vício’ pode ser um problema muito maior: uma doença chamada nomofobia, que consiste no medo irracional de ficar sem o seu smartphone.
Segundo especialistas da área da psiquiatria, o medo de ficar sem o celular pode começar a ser considerado preocupante quando há sinais de que a pessoa desenvolveu dependência emocional e psicológica do aparelho. Ou seja, quando o uso do celular começa a afetar negativamente a sua vida pessoal, profissional e familiar.
Por exemplo, deixar de estudar, interagir socialmente ou trabalhar para ficar apenas no celular; checar notificações incessantemente sem necessidade ou até ter crises de pânico se o aparelho não estiver perto de você, estiver descarregado ou travado.
Outros sinais da nomofobia são tremedeiras, dificuldade para respirar se você ficar sem o celular, palpitação e suor excessivo. Além disso, a fobia pode ainda causar outros problemas e desencadear outros transtornos, como isolamento, depressão e síndrome do pânico.

Dependência das redes sociais contribuem para a nomofobia

Para os especialistas da área, existem vários motivos que podem causar a nomofobia, entre eles, a dependência das redes sociais e a necessidade de estar sempre conectado, atualizado com as informações disponíveis. Outros motivos são o avanço da tecnologia e o uso de aplicativo de mensagens instantâneas, que te deixam disponível em qualquer horário.
Para pessoas com ansiedade e depressão, o problema se agrava por conta das necessidades de validação social, medo de perder informações necessárias e baixo autoestima.
Dentre os pacientes com nomofobia, os especialistas alertam que a doença pode ocorrer em adultos e crianças, independente da faixa etária. Por conta disso, a recomendação para evitar a fobia é o uso restrito do aparelho.
No caso dos mais novos, o recomendado é que o uso seja de no máximo duas horas por dia em dispositivos eletrônicos; já os adultos devem alternar o uso de forma equilibrada, alternado com horários pré-determinados para descanso e refeições.
Outras formas de tratamento são uso de medicação e acompanhamento com profissional da área da psicologia e psiquiatria, além de práticas de autocuidado, como estabelecer horários para não mexer no celular; modo não perturbe; desativar notificações desnecessárias, terapia e a prática de exercícios ao ar livre.